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Oferta de ações da CVC pode chegar a R$ 683 milhões

Preço por ação deve ser fixado no próximo dia 22; família fundadora deve investir ao menos R$ 75 milhões

Escritório da CVC em Santo André, São Paulo (CVC Corp/Divulgação)

Escritório da CVC em Santo André, São Paulo (CVC Corp/Divulgação)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 15 de junho de 2023 às 10h13.

Última atualização em 15 de junho de 2023 às 10h44.

Na tentativa de arrumar a casa, a CVC confirmou a oferta de pelo menos 83.333.333 ações, que começam a ser negociadas em 26 de junho. Considerando o valor de fechamento do dia 14 de junho, de R$4,10, a oferta seria de R$ 341,6 milhões, mas esse valor pode chegar a R$ 683,3 milhões, caso haja emissão adicional de papéis.

A oferta também prevê que serão entregues, inicialmente, 41.666.666 bônus de subscrição. Para cada 2 ações subscritas na oferta, o investidor receberá 1 bônus de subscrição.

Dos valores captados, R$75 milhões seguem para pagamento da dívida da companhia, cujos prazos foram renegociados com credores, e o restante do montante extra será direcionado para o capital de giro da companhia, assim como para colaboração e funcionamento de suas operações.

A volta dos Paulus

O documento confirmou a volta de Guilherme Paulus, fundador da empresa em 1972, à base acionária da empresa. Por meio do GJP Fundo de Investimento em Ações, a família Paulus celebrou um acordo com o fundo Opportunity, atualmente dono de quase 20% da CVC, para fazer um investimento de R$ 75 milhões na companhia.

O fundo fechou um acordo para um investimento de R$ 3,00 por ação. O GJP FIA não participará do procedimento de fixação do preço da oferta, que acontece dia 22 de junho.

O GJP tem prioridade na alocação. Caso o valor fixado seja superior, os Paulus têm a opção, mas não a obrigação, de subscrever e integralizar parte ou a totalidade do investimento acordado com o Opportunity.

Maior acionista da CVC, o Opportunity se comprometeu a não exercer seu direito de prioridade. Além disso, o acordo temporariamente prevê direito a voto do GJP para nomeação do conselho. Como antecipou a EXAME, Gustavo Paulus, filho de Guilherme, deve ser dono de uma das cadeiras. Haveria ainda um outro assento por indicação do GJP.

Mesmo ainda fora da CVC, os Paulus já estão dando as cartas. Fábio Godinho, eleito CEO, é uma indicação da família, com quem o executivo trabalhou em diversos negócios, incluindo a CVC.  Há ainda mudanças em outras diretorias, todas indicações dos Paulus.

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