EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Brasília - A crise internacional não deve ser obstáculo para a oferta de ações do Banco do Brasil. A aposta é de pessoas que acompanham a oferta do BB nas instituições financeiras que coordenam a colocação dos papéis. Em sondagens com possíveis investidores, prevalece a percepção de que haveria demanda por ativos brasileiros, especialmente os ligados ao consumo doméstico. A percepção coletada pelas instituições sinaliza que estrangeiros estariam interessados porque o BB se beneficiaria do aumento da demanda interna e consequente busca por produtos financeiros, como empréstimos e financiamentos.
"Otimismo", é assim que fontes que acompanham a operação descrevem a sensação nos bancos que coordenam a oferta de ações do BB. Essa percepção é sustentada principalmente pela aparente demanda internacional. Um dos argumentos é que o mercado brasileiro não tem oferta de ações em volume expressivo há vários meses e que, por isso, haveria "demanda represada" de investidores internacionais interessados na retomada da economia do Brasil.
Segundo uma das pessoas ouvidas pela Agência Estado, não há preocupação quanto ao nervosismo do mercado externo e o eventual impacto desse quadro na formação de preço das ações. "Quando o País está em alta, as ações seguem essa trajetória. Hoje, o Brasil está em alta e a oferta tem tudo para refletir isso", diz uma das fontes.
Apesar de prevalecer, a percepção otimista não é unânime. Alguns analistas estão mais céticos quanto ao sucesso da operação e acompanham com cautela a oferta. Para esse grupo menos otimista, a oferta em meio à crise tende a ter menor demanda porque, apesar do otimismo com o Brasil, muitos estrangeiros enfrentam problemas em seus países e isso diminui muito a chance de investimentos em mercados internacionais.