Em Londres, entre os lotes havia uma cópia da declaração de metas do banco, obras de Shakespeare e de Dickens (.)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2010 às 22h29.
Londres - Banqueiros de terno e gravata e amantes da arte disputaram nesta quarta-feira em Londres os restos - placas, objetos e obras de arte - do banco de investimento Lehman Brothers, cuja quebra em 2008 desencadeou a crise financeira mundial.
Diversos funcionários do banco foram à casa de leilões Christie's em busca de uma recordação entre os 300 lotes que arrecadaram um total de 1,6 milhão de libras (2,5 milhões de dólares).
Um dos primeiros lotes foi a placa "Lehman Brothers", que ficava na entrada do edifício, vendida por 42.050 libras, um preço 14 vezes superior à estimativa inicial, por um comprador anônimo que fez sua oferta por telefone.
Outra placa colocada no edifício londrino durante sua inauguração em 2004 por parte do então ministro das Finanças Gordon Brown, alcançou as 28.750 libras, 20 vezes a estimativa inicial.
"Estive no Lehman até o fim. Passei ali oito anos e meio, estou procurando uma recordação. Tudo terminou de forma triste, mas passei bons momentos e foi onde comecei", lembra uma pessoa que não quis se identificar.
Um primeiro leilão da coleção de obras de arte que decoravam as paredes do banco nos Estados Unidos arrecadou em torno de 12 milhões de dólares no último sábado em Nova York.
O produto da venda ajudará a reembolsar os credores do Lehman Brothers, que deixou mais de 600 bilhões de dólares de dívidas.
Em Londres, entre os lotes havia uma cópia da declaração de metas do banco, que prometia "dedicar-se plenamente a nossos clientes e acionistas", obras de Shakespeare e de Dickens e quadros de Lucain Freud e Howard Hodgkin.
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