A principal aposta da Empiricus não é uma ação, mas sim um título de royalties (
MMXM11) ligados ao desempenho do Superporto Sudeste, que é o principal projeto da
MMX (
MMXM3). O empreendimento, que fica na Baía de Sepetiba (RJ), é um terminal que se destinará exclusivamente para a movimentação de minério de ferro. Quando entrar em operação, os títulos MMXM11 irão pagar 5 dólares por tonelada embarcada no porto com o valor corrigido pela inflação americana ao produtos (PPI). “O projeto está em fase muito mais avançada do que o porto do Açu (
LLX), por exemplo, com construção do túnel e toda infraestrutura offshore terminada - o cronograma de obras dá algum conforto para a projeção de início da operação até o final do ano”, ressaltam os analistas da Empiricus. Eles explicam que toda a primeira fase da obra está contratada não somente pela MMX, com 27 milhões de toneladas por ano, mas por Usiminas (8 milhões de toneladas por ano) e Minerinvest (10 milhões de toneladas por ano). “No limite (low case scenario), uma quebra de MMX acarretaria a perda em primeiro momento da capacidade já contratada do porto pela empresa (os 27 Mtpa) e a inevitável venda do projeto. Por sua vez, o estágio de execução da obra e seu posicionamento estratégico minimizam o risco do Superporto quanto à dificuldade em se encontrar comprador e atender à capacidade de embarque eventualmente aberta”, afirma a Empiricus. Os analistas calculam que, assumindo o início da operação em dezembro e o atingimento do fluxo anual das 45 milhões de toneladas de minério de ferro por ano até a metade de 2015, os títulos teriam um yield superior a 20% daqui dois anos (considerando o preço de 2,45 reais por papel e o câmbio a 2 dólares). Num cenário conservador, em que considera um fluxo de 15 milhões de toneladas por ano em 2014, o yield chegaria a próximo de 7% em 2014.