As ações do Bradesco são as preferidas da corretora no setor (Gustavo Kahil/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2012 às 14h07.
São Paulo – A Santander Corretora revisou nesta segunda-feira as recomendações para as ações dos maiores bancos brasileiros. Os papéis do banco espanhol no Brasil, por conta de regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), não foram avaliados.
O analista Henrique Navarro traçou perspectivas para as 3 maiores instituições financeiras na bolsa.
Itaú Unibanco – Potencial: 10,6%
Navarro calculou um preço-alvo de 35,50 reais para o final de 2013, o que corresponde a um potencial de valorização de aproximadamente 10,6% em relação ao fechamento de sexta-feira. A recomendação foi elevada de abaixo do mercado para manutenção. Os papéis (ITUB4) acumulam uma desvalorização de 3% no ano, enquanto o Ibovespa tem uma pequena alta de 1,5%.
O relatório ressalta que, em termos da base de ativos, o pior parece ter ficado para trás. O Santander indica que o crescimento da receita ainda está distante e os resultados dos próximos trimestre ainda devem decepcionar “com o processo de reestruturação de modelo muito focado em crédito ao consumo e pequenas e médias empresas e o anúncio dos novos investimentos na plataforma de tecnologia (TI)”, ressalta.
Bradesco – Potencial: 15,8%
Único com recomendação de compra das ações (BBDC4) no grupo analisado, o Bradesco tem um potencial de valorização estimado em 15,8%. O preço-alvo foi elevado de 36,50 reais neste ano para 40,50 reais para 2013. Os papéis têm o melhor desempenho do setor na bolsa com uma valorização de 15%, acima índice Financeiro (IFNC), cuja alta é de 8,4%.
“O Bradesco é a preferência no setor de bancos, devido sua diversificação de resultados entre operações de seguros, crédito de baixo perfil de risco e amplo canal de distribuição. Além disso o banco pode ser beneficiar com potencial ganho de eficiência advindo da nova plataforma de TI”, relata a análise.
Banco do Brasil - Potencial: 2,3%
Sob uma crescente influência governamental, as ações do banco estatal (BBAS3) têm o pior crescimento esperado para 2013. O preço-alvo de 22 reais sugere um “upside” de apenas 2,3%. A recomendação foi mantida por Navarro em abaixo do mercado. Segundo ele, o BB deve continuar a liderar a queda no spread de empréstimos, levando a uma piora nos índices de retorno sobre o patrimônio líquido.
“Tal estratégia deve sustentar a manutenção do desconto de múltiplos do banco em relação aos bancos privados", diz o analista. Navarro explica ainda que existe um espaço limitado para ganhos de eficiência vindo de corte de custos e reitera a visão cautelosa sobre as ações do Banco do Brasil. Os papéis acumulam uma baixa de 4% em 2012.