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Novo futuro de etanol registra estreia modesta na BM&FBovespa

São Paulo - O novo contrato futuro de etanol hidratado da BM&FBovespa registrou atividade modesta em seu primeiro dia de negociação, apesar de ter conseguido precificar ao todo quatro vencimentos. Fechamento preliminar mostrou a negociação de 79 contratos, cada um para 30 metros cúbicos (ou 30 mil litros), nos vencimentos julho, agosto, outubro e novembro. […]

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2010 às 21h11.

São Paulo - O novo contrato futuro de etanol hidratado da BM&FBovespa registrou atividade modesta em seu primeiro dia de negociação, apesar de ter conseguido precificar ao todo quatro vencimentos.

Fechamento preliminar mostrou a negociação de 79 contratos, cada um para 30 metros cúbicos (ou 30 mil litros), nos vencimentos julho, agosto, outubro e novembro. Para verificar a cadeia completa de contratos, clique em.

"Foi bacana o mercado ter precificado quatro vencimentos", afirmou Fabiana Perobelli, gerente de Produtos do Agronegócio da BM&FBovespa.

"A gente acredita que nessa semana ou semana que vem (o volume) deve ficar um pouco próximo disso, mas aos poucos vai crescer", disse ela, ressaltando que a grande vantagem do contrato atual é a possibilidade de liquidação financeira.

O vencimento julho fechou (preliminar) cotado a 730 reais por metro cúbico, seguido pelo contrato agosto, cotado a 740 reais. Outubro fechou a 765,50 reais e o novembro a 775 reais.

Traders não esperavam uma grande participação no primeiro dia de negócio, mas afirmaram que o contrato tem potencial para gerar liquidez no longo prazo.

"Nós (FCStone) fomos formadores de mercado com o contrato de etanol de Chicago, que agora praticamente se segura sozinho", disse Mario Silveira, consultor para a área de etanol na corretora FCStone no Brasil.

Ele afirmou que o instrumento poderá ser útil para seus clientes na área de açúcar e álcool se ganhar corpo.  


"É difícil dizer quanto tempo levará para esse contrato conquistar liquidez suficiente que evite que participantes tenham que se preocupar com ficar 'squeezed'", afirmou Silveira, referindo-se a termo do mercado relativo a um participante não conseguir liquidar posição em determinado momento por falta de volume de negócios dos dois lados.

"Com o contrato de Chicago, levou mais ou menos um ano".

Não é a primeira vez que a BM&F lança um contrato de etanol. Em 2007 ela lançou o contrato futuro de anidro, tipo de etanol normalmente exportado pelo Brasil, na expectativa de que o produto se tornasse rapidamente uma commodity internacional.

Vários fatores impediram o progresso daquele papel, entre eles o protecionismo nos mercados externos, a falta de padronização e o componente de entrega física.

O contrato ainda existe, mas tem pouco ou nenhum volume em aberto.

Dessa vez a bolsa aposta que a rápida expansão do mercado local para o combustível que abastece os carros flex, o etanol hidratado, vai provocar interesse de participantes em realizar o hedge do produto.


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