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Nos EUA, temporada de balanços é teste para euforia

ÀS SETE - Essa terça-feira é um dia importante para entender se o mercado de capitais americano vai manter a euforia trimestre adentro

BOLSA DE NOVA YORK: dois grandes bancos divulgam resultado nesta terça-feira  / Spencer Platt/Getty Images (Spencer Platt/Getty Images)

BOLSA DE NOVA YORK: dois grandes bancos divulgam resultado nesta terça-feira / Spencer Platt/Getty Images (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 06h53.

Última atualização em 17 de outubro de 2017 às 07h40.

A terça-feira é um dia importante para entender se o mercado de capitais americano vai manter a euforia trimestre adentro. Ontem, o presidente americano, Donald Trump, celebrou, pelo Twitter, que as bolsas do país ganharam 5,2 trilhões de dólares desde sua eleição.

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Discussões de mérito à parte, o fato é que o mercado acionário bate recordes consecutivos no país, levando analistas a se perguntar até onde vai tanto otimismo.

O forte lucro das empresas americanas tem sustentado a boa fase dos principais índices de ações em 2017. O S&P 500 acumula alta de 13% no ano, o Dow Jones subiu 15% e o índice da Nasdaq, 22%.

O problema é que os números recordes têm tornado os investidores cada vez mais atentos e exigentes aos dados dos balanços. Para sustentar novas altas, as empresas americanas precisam mostrar resultados cada vez mais fortes. Neste sentido, os ganhos dos bancos americanos tendem a ser o principal termômetro sobre a economia americana.

Nesta terça-feira, os bancos Morgan Stanley e Goldman Sachs divulgam seus resultados do terceiro trimestre. Os números vêm após os bancos JP Morgan, Citigroup, Bank of America e Wells Fargo darem início na temporada de resultados na semana passada.

Com exceção do Wells Fargo (que ainda tem seus números afetados por um escândalo de corrupção), os bancos americanos mostraram melhora na receita e no lucro. Mas isso não foi suficiente para satisfazer os investidores.

As ações do Citigroup caíram 3,4% após a divulgação dos resultados e as do JP Morgan recuaram 0,9% por conta de dados como o retorno sobre o patrimônio e a receita com negociações abaixo do esperado.

Em coluna publicada ontem em EXAME, Jeffrey Frainkel, professor de formação de capital de Harvard, afirmou que os investidores não estão avaliando bem quão arriscado o mundo é.

Ao longo das próximas semanas, a temporada de balanços no EUA será mais uma oportunidade para confrontar o otimismo com os dados crus das grandes empresas do país.

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