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No radar: Super Quarta com Fed e Copom e o que move o mercado

Bolsas internacionais operam em direções variadas antes da decisão do Fomc nos EUA, no aguardo do discurso de Powell

Bolsa de valores em Nova York (NYSE): decisão do Fed pode impactar mercados de todo o mundo (Mario Tama/Getty Images)

Bolsa de valores em Nova York (NYSE): decisão do Fed pode impactar mercados de todo o mundo (Mario Tama/Getty Images)

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Beatriz Quesada

Publicado em 17 de março de 2021 às 07h10.

Última atualização em 17 de março de 2021 às 07h52.

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Todas as atenções hoje estão voltadas para as decisões da Super Quarta, que deve definir o futuro das taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil. No aguardo da decisão do Fed, banco central dos EUA, os índices futuros americanos Dow e S&P estão em queda nesta quarta-feira, 17. Já o Nasdaq Futuro tem leve variação positiva.

As bolsas mundiais também refletem a expectativa pela decisão nos EUA. Os mercados asiáticos tiveram um dia misto, enquanto os principais índices europeus operam em baixa nesta manhã. 

O  Fomc (Federal Open Market Committee), comitê do Fed responsável por decidir a taxa de juros, apresenta o resultado de sua reunião às 15h (horário de Brasília). No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) comunica sua decisão após o fechamento do mercado.

Copom e Selic

Por aqui, a elevação da taxa básica de juros, a Selic, já é dada como certa pelo mercado diante do desempenho do dólar e, principalmente, do aumento das expectativas de inflação

Na última semana, o IPCA de fevereiro voltou a superar as estimativas de mercado, ficando em 5,20% no acumulado de 12 meses - muito próximo do topo da meta de inflação, de 5,25% para este ano. O resultado do IGP-10 de março, divulgado ontem, também veio acima do esperado, o que reforça a aposta na alta da Selic

O consenso dos analistas aposta em um aumento de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa de juros para 2,5% ao ano. Existem, porém, algumas projeções para taxas ainda mais agressivas até 2,75% ao ano. 

Será o primeiro aumento da taxa de juros desde junho de 2015. Com Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central, a Selic caiu para os menores patamares de sua história, passando de 6,5% no início de 2019 para os atuais 2% ao ano.

Expectativa por previsões do Fed

Já nos EUA, há consenso de que o Fed vai manter a taxa no intervalo vigente entre zero e 0,25 ponto percentual. Sem novidades na decisão, a grande expectativa recai sobre as previsões do Fed para a economia americana.

É esperado que o Fed reconheça um avanço mais acelerado da economia -- impulsionado pelo forte ritmo de vacinação e pelo pacote de estímulos de 1,9 trilhão de dólares aprovado por Joe Biden -- o que poderia levar a um aumento da taxa de juros antes do esperado. 

Em suas últimas declarações, o presidente do banco, Jerome Powell, tem indicado que a elevação das taxas deve ocorrer apenas em 2023. Powell fala à imprensa meia hora depois da divulgação da decisão, às 15h30 de Brasília.

A semana terá ainda mais duas reuniões de bancos centrais de países ricos: a do Bank of England na quinta, 18, e a do Banco Central do Japão na sexta-feira, 19.

Balanços

Após o fechamento de mercado, Alliar (AALR3), Anima (ANIM3), Copel (CPLE6), EZTec (EZTC3), SLC Agrícola (SLCE3), Vivara (VIVA3) e Yduqs (YDUQ3) divulgam seus resultados do quarto trimestre de 2020.

Retrospectiva

Na véspera da reunião do Copom por aqui e do Fomc nos Estados Unidos, o Ibovespa oscilou a maior parte do pregão no campo negativo e encerrou o dia em queda de 0,72%, aos 114.018 pontos.

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