Boris Johnson: primeiro-ministro do Reino Unido decreta o terceiro lockdown desde o início da pandemia (WPA Pool / Equipe/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 06h59.
Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 08h44.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, decretou na noite de segunda-feira, 4, um novo lockdown nacional para conter a proliferação da variante do coronavírus e evitar a sobrecarga dos hospitais. Este é o terceiro lockdown pelo qual o país passa desde o início da pandemia. A medida deve ser revista em 15 de fevereiro, segundo o Financial Times.
Até lá, os britânicos devem ser instruídos a não deixarem suas casas, exceto para atividades consideradas essenciais. Ainda de acordo com o jornal inglês, o número de hospitalizações por covid-19 no país superou o pico de abril, chegando a 3.145 na segunda. Para atenuar os efeitos econômicos do lockdown, o país anunciou nesta terça-feira, 5, um estímulo de 4,6 bilhões de libras para empresas.
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Com as novas restrições no Reino Unido, as bolsas da Europa operavam majoritariamente em queda, enquanto o índice londrino FTSE 100 registrada leve alta por volta das 7h desta terça. Na véspera, o FTSE 100 teve o melhor desempenho entre os índices europeus, tendo em vista que o país foi o primeiro a começar a usar a vacina da AstraZeneca de forma ampla. Ainda no ano passado, o Reino Unido se tornou o primeiro país do Ocidente a iniciar seu plano de vacinação, na época, com a vacina da Pfizer.
Eleitores do estado da Geórgia devem decidir nesta terça-feira qual partido terá o controle do Senado americano. Com duas vagas em jogo, os republicanos podem manter a maioria caso consigam emplacar ao menos um candidato, enquanto os democratas dependem de uma dobradinha.
A decisão é bastante aguardada pelo mercado desde que o pleito foi para o segundo turno, em novembro do ano passado. Isso porque uma possível dupla vitória democrata deve abrir caminho para o presidente Joe Biden conseguir implementar suas políticas de forma mais ampla, sem ter que lidar com um Senado de oposição. Caso isso ocorra, as expectativas são de que os estímulos fiscais sejam ainda maiores, o que tem potencial para impulsionar o mercado acionário. No entanto, planos democratas de maior regulamentação para setores como de tecnologia e combustível fóssil, também devem ganhar força.
À espera da decisão, os índices futuros americanos apresentam leves altas na manhã desta terça, recuperando-se da maior queda para um início de ano desde 2016. Embora tenham batido máximas históricas nos primeiros minutos de negociação de segunda, os índices S&P 500, Nasdaq e Dow Jones fecharam em queda de mais de 1%, com temores sobre a segunda onda de coronavírus.
Na noite de segunda, a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês) reverteu seus planos de deslistar as companhias chinesas China Mobile, China Telecom e China Unicom “à luz de novas consultas com autoridades regulatórias relevantes”.
A deslistagem de companhias chinesas vinha sendo pressionada por Donald Trump e sua reversão é tida como um sinal de arrefecimento da tensão comercial entre China e Estados Unidos. A decisão da NYSE teve impacto relevante nas bolsas asiáticas, que fecharam em alta nesta terça.
Na China, o índice Composto de Xangai subiu 0,73%, enquanto a bolsa de Hong Kong avançou 0,64%, apesar do cenário internacional de maior cautela.
Divulgado nesta manhã, a taxa de desemprego da Alemanha referente ao mês de dezembro ficou estável em 6,1%, enquanto as vendas do varejo no país cresceram 1,9% em novembro na comparação mensal. Em relação ao mesmo período de 2019, o crescimento foi de 5,6%. Para esta terça ainda estão programados o índice de gerente de compras (PMI, na sigla inglês) industrial dos Estados Unidos medido pelo ISM.
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