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No radar: IGP-M, Inter compra Granito e o que mais move o mercado

"Inflação do aluguel" medida pela FGV já acumula alta superior a 20% nos últimos 12 meses; bolsas internacionais oscilam próximas da estabilidade

Bolsa: Ibovespa vem de maior pontuação desde início de março (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: Ibovespa vem de maior pontuação desde início de março (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 07h02.

Última atualização em 18 de novembro de 2020 às 08h43.

Os principais índices de ações oscilam próximos da estabilidade nesta quarta-feira, 18, depois de os mercados terem tido uma sessão de realização de lucros na véspera. Na Europa as bolsas têm um dia misto, com alta na Itália e leves quedas nos outros países, enquanto no mercado americano os índices futuros sobem cerca de 0,3%, com os investidores ainda ponderando os efeitos de novos casos de coronavírus e avanços em pesquisas sobre vacinas.

Na maior economia do mundo, o presidente Donald Trump tem enfrentado dificuldade para conseguir aprovar o nome de sua candidata ao Conselho do Federal Reserve, Judy Shelton. Considerada pela imprensa americana uma trumpista fiel, sua nomeação foi anunciada pelo presidente americano há 16 meses, mas não conseguiu avançar na votação final no Senado americano nesta terça. Além da oposição democrata, seu nome é rechaçado também por parte dos senadores republicanos.

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No Brasil, o dado econômico mais importante do dia será a segunda prévia do IGP-M de novembro, medido pela FGV e também conhecido como "inflação do aluguel". A expectativa é de manutenção em relação à primeira prévia, que ficou em de 2,92%. Com aumento muito superior ao IPCA, o IGP-M já acumula alta de mais de 20% nos últimos 12 meses.  A principal diferença entre os dois índices de inflação é que o IGP-M dá maior relevância para os preços do atacado e da construção civil, enquanto o IPCA tem maior foco no consumidor final.

Embora o Banco Central venha reafirmando o discurso de que o efeito inflacionário é apenas temporário, os recentes dados de inflação têm entrado cada vez mais no mapeamento de risco dos investidores.

Inter

O Banco Inter informou na noite de terça-feira, 17, ter firmado um acordo para a compra da empresa de meios de pagamento Granito, hoje ligado ao banco BMG. O acordo prevê o pagamento de 90 milhões de reais por 45% do capital social da empresa pelo Inter. Os outros 45% continuará com o BMG e executivos da Granito, com 10% da empresa.

Com a aquisição, o Inter espera aumentar a gama de produtos oferecidos aos correntistas pessoas jurídicas e expandir a frente de shoppings. “Vamos entrar no mundo digital da adquirência, ganhar escala para atender os mais de 600 mil empresários correntistas do Inter”, diz João Vitor Menin, presidente do Inter em fato relevante.

Segundo o fato relevante, a Granito tem uma base de mais de 27.000 clientes e um volume total de compras de 1 bilhão nos nove primeiros meses de 2020.

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BK

O Burger King Brasil aprovou a venda de suas ações por 10,80 reais em follow-on. O valor representa um desconto de 5,8% em relação ao preço de fechamento desta terça-feira. Ao todo, a operação pode levantar 510,3 milhões de reais.

Retrospectiva

Impulsionado por empresas de commodities, o Ibovespa encerrou o último pregão em alta de 0,77%, em 107.248,63 pontos – maior pontuação de fechamento desde março. O dólar caiu 1,97% e fechou a 5,33 reais.

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