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No radar: dados da China e o que mais move o mercado nesta terça

Vendas no varejo chinês crescem pela primeira vez no ano, enquanto produção industrial segue firme

China: produção industrial cresce 5,6% em agosto (Getty/Getty Images)

China: produção industrial cresce 5,6% em agosto (Getty/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 06h59.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 09h11.

O mercado inicia os trabalhos desta terça-feira, 15, em tom positivo, após os dados macroeconômicos da China voltarem a confirmar a recuperação do gigante asiático. Na Europa, a taxa de desemprego do Reino Unido voltou a crescer em julho, mesmo com a reabertura econômica, mas já era esperado. No radar, seguem os dados de produção industrial dos Estados Unidos, que serão revelados às 10h15.

China

Divulgada no fim da noite de ontem, a produção industrial chinesa teve um salto anual de 5,6% em agosto, ficando acima dos 5,1% de alta projetado. Mas fora os dados do varejo chinês que ganharam maior destaque, após ter sua primeira alta desde dezembro, com expansão de 0,5% ante as estimativas de 0,1% de crescimento.

A recente fraqueza do varejo, que vinha de uma longa sequência de perdas, vinha sendo considerado o calcanhar de Alquiles da China, que optou por fazer estímulos econômicos por meio de projetos de infraestrutura, o que tem mantido a produção industrial alta, assim como a demanda por minério de ferro. Negociado na bolsa de Dalian, a commodity fechou em queda, apesar dos dados industriais, mas segue acima dos 120 dólares por tonelada. Já o principal índice da bolsa de Xangai teve alta de 0,51%.

Reino Unidos

Os dados sobre o mercado de trabalho do Reino Unido revelam sua dificuldade em retomar o caminho de prosperidade em meio à pandemia e ao processo de desligamento com União Europeia. Ainda que tenham sido melhores do que o esperado o rendimento semanal médio da população caiu 1% em julho e a variação de desempregados aumentou em 73.700. Por lá, o principal índice de ações, o FTSE 100, acumula quedas superiores ao do Ibovespa no ano.

EUA

Os índices futuros americanos amanheceram em alta, indicando mais um pregão de recuperação antes da fala do presidente do Federal Reserve, na quarta-feira, 16, e após duas longas semanas de correção das ações de empresas de tecnologia. No radar, estarão os dados de produção industrial americana de agosto, que, se vierem em linha com as expectativas, devem apontar para um crescimento de 1%, confirmando o quarto mês consecutivo de recuperação. Na comparação anual, no entanto, a produção americana segue distante aos patamares de 2019.

Tik Tok

A parceria entre a chinesa ByteDance e a americana Oracle, que irá tocar as operações do Tik Tok nos Estados Unidos foi vista com otimismo pelo mercado, que espera um apaziguamento das tensões comerciais sino-americanas. A rede social vinha sendo criticada pelo presidente Donald Trump, que chegou a ameaçar proibi-la de vez nos Estados Unidos. Agora, a parceria deve ser avaliada pelo governo Trump.

Brasil

Em dia de agenda econômica esvaziada, os destaques do cenário deve ficar com as companhias. Nesta terça, o evento virtual EXAME/Money Report terá a presença de executivos de algumas das principais empresas de capital aberto do Brasil, tendo entre elas a C&A, Natura, GPA, Gol, Klabin, Magazine Luiza, Riachuelo e Cyrela (confira a agenda completa). Também nesta terça, a subsidiária da Cyrela voltada para o mercado de baixa renda, a Plano&Plano, irá definir o preço do IPO. A faixa indicativa de preço é entre 11,25 reais e 15,25 reais. 

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa fechou em alta de 1,94%, em 100.272,52 pontos, ancorado pelas expectativas sobre a vacina, após a AstraZeneca retomar os testes. O dólar caiu 1,1% e encerrou sendo vendido por 5,275 reais.

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