Invest

No radar: Bolsonaro ameaça Petrobras, balanço do IRB e o que mais move o mercado

Bolsas internacionais sobem com ajuda de dados econômicos, mas mercado repercute negativamente possível intervenção na estatal

Jair Bolsonaro completa 66 anos neste domingo, 21 (Alan Santos/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro completa 66 anos neste domingo, 21 (Alan Santos/PR/Flickr)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 07h03.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2021 às 07h31.

As bolsas internacionais voltam a subir nesta sexta-feira, 19, após caírem no último pregão, com temores sobre a inflação americana e alta dos pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos. 

Conheça o maior banco de investimentos da América Latina e invista com os melhores assessores

Embora os dados divulgados na véspera tenham provocado alguma cautela, os de hoje trazem algum otimismo. Publicados entre o fim da madrugada e o início desta manhã, os índices de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) saíram acima das expectativas na Europa, indicando forte recuperação do setor industrial em fevereiro.

Na Alemanha, principal país da Zona do Euro, o PMI industrial bateu os 60,6 pontos, ficando bem acima dos 50 pontos que delimitam a contração da expansão da atividade. O número também revelou alguma aceleração em relação a janeiro, quando o indicador ficou em 57,1 pontos. 

Por outro lado, os PMIs de serviços ficaram abaixo dos 50 pontos em praticamente toda a Europa. Na Zona do Euro como um todo, o indicador ficou em 44,7 pontos e na França, em 43,6 pontos. Nos Estados Unidos, os PMIs serão divulgados às 11h45.

Petrobras sob ameaça

O presidente Jair Bolsonaro deu sinais de que pode intervir na Petrobras em breve. Insatisfeito com o aumento de preços “fora da curva” promovido pela companhia, o chefe do Executivo disse que “alguma coisa vai acontecer” com a estatal nos próximos dias. Desde o início das ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros, o presidente tem alternado entre falas favoráveis ao livre mercado e discursos intervencionistas. 

As declarações, feitas em live semanal, não foram bem recebidas pelo mercado, podendo haver reações negativas sobre os papéis da companhia nesta manhã - ainda mais considerando a queda do preço do petróleo, com petroleiras do Texas retomando a atividade após a nevasca.

“O presidente flerta nesse sentido com certo populismo fiscal e faz uma ameaça direta à Petrobrá,s que forçará os investidores para alguma cautela. Não queremos dizer com isso que o Palácio do Planalto irá fazer algo de fato, mas o episódio revela, mais uma vez, que há grande desconforto com a política de preços da estatal brasileira”, afirma em nota André Perfeito, economista-chefe da Necton

IRB: mais um trimestre de prejuízo

Uma das empresas mais adoradas pelo pequeno investidor, o IRB Brasil divulgou o balanço do quarto trimestre na última noite. No período, a companhia registrou mais um prejuízo líquido, agora de 620,2 milhões de reais. O montante, porém, foi menor do que o prejuízo esperado de 654,4 milhões de reais, segundo a mediana das expectativas colhidas pela Bloomberg

No ano, a companhia teve prejuízo líquido de 1,521 bilhão de reais contra lucro líquido de 1,210 bilhão de reais em 2019.  A teleconferência sobre o resultado está prevista para às 11h.

PicPay entre B3 e Nasdaq

O PicPay contratou o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame) para liderar a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), segundo informações do Estado de S. Paulo. Ainda de acordo com o jornal, a fintech ainda não decidiu se irá abrir capital na B3, que vem aumentando seu número de empresas de tecnologia, ou na Nasdaq, onde investidores estão acostumados com ações do setor e costumam pagar múltiplos maiores. 

Acompanhe tudo sobre:AçõesIbovespaPetrobrasPicPay

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio