Agência de notícias
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 12h56.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2025 às 13h03.
As ações da Nissan registraram forte queda nesta quarta-feira, 5, na Bolsa de Tóquio depois que o jornal econômico Nikkei informou que a montadora abandonou as negociações para uma fusão com a concorrente Honda.
O jornal e outros meios de comunicação japoneses informaram que a Honda propôs transformar a Nissan em uma subsidiária, ao invés do plano inicial de integrar as duas empresas em um novo conglomerado.
O Nikkei destaca que a proposta foi recebida com "forte oposição" dentro da Nissan e os executivos da empresa decidiram abandonar as negociações.
Após a publicação da informação, as ações da Nissan caíram 4,8% em Tóquio. Os títulos da Honda subiram 12%.
A Bolsa de Tóquio suspendeu a cotação da Nissan, alegando que era necessário confirmar a veracidade das informações sobre o fim das negociações.
As duas montadoras japonesas concordaram em dezembro com o início das negociações para formar o terceiro maior grupo automotivo mundial, uma manobra considerada uma tentativa de competir contra a Tesla e as empresas chinesas de veículos elétricos.
O CEO da Honda, Toshiro Mibe, afirmou na época que não era uma operação de resgate da Nissan, que no ano passado anunciou o corte de milhares de postos de trabalho depois de registrar uma queda de 93% do lucro no primeiro semestre.
A Nissan enfrentou uma década turbulenta, com a detenção em 2018 no Japão de seu ex-CEO Carlos Ghosn, que depois fugiu para Beirute em uma operação cinematográfica.
A empresa também registra bilhões de dólares em dívidas que, segundo a imprensa, deve pagar nos próximos dois anos.