Tóquio - As ações na Bolsa de Tóquio fecharam em queda nesta quarta-feira, em meio à escalada das preocupações sobre o impasse fiscal nos EUA. A incerteza crescente sobre a paralisação parcial do governo norte-americano ajudou a desencadear vendas de opções, ao mesmo tempo em que traders concluíram que havia pouca chance de o Nikkei atingir a marca de 15.000 pontos em breve.

Depois de um início relativamente positivo, uma rápida liquidação de opções de compra do índice que devem vencer na próxima semana serviram de principal catalisador de vendas no mercado à vista, disseram traders.

O índice Nikkei fechou em queda de 2,2%, aos 14.170,49 pontos, marcando o nível de fechamento mais baixo desde 6 de setembro. O recuo porcentual foi o mais acentuado desde 20 de agosto

Traders manifestaram preocupação de que o impasse político nos EUA pode permanecer em curso por um período mais longo do que o esperado, prejudicando o dólar já enfraquecido. Por volta do horário de fechamento da Bolsa de Tóquio, o dólar mudava de mãos a 97,65 ienes, ante a marca de fechamento do dia anterior acima de 98 ienes.

"Um grande lote de opções de outubro foram vendidas pois seus detentores temiam que elas podem vencer sem valor", disse um diretor de negociação de ações de uma corretora estrangeira, referindo-se às apostas contratuais de curto prazo de que o Nikkei vai subir para a marca de 15.000 pontos em 11 de outubro.

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"Nenhum investidor espera que os EUA devem ter um default de suas obrigações, mas não há clareza sobre quando o impasse vai acabar", disse Mitsushige Akino, gestor de fundos da Ichiyoshi Asset Management.

Alguns investidores expressaram preocupações de que a situação não deve ter uma solução rápida ou fácil antes do prazo de 17 de outubro sobre a elevação do teto da dívida dos EUA. Outros citaram uma confluência de motivos, incluindo a necessidade de um recuo após o Nikkei subir 8% em setembro - seu melhor desempenho mensal desde abril.

Ações com grande peso no índice tiveram fortes quedas. A Fast Retailing caiu 4,2%. Os exportadores foram atingidos pelo dólar mais fraco, com a Kyocera perdendo 5,2% e a Fanuc recuando 2,8%.

O SoftBank ajudou a evitar maiores perdas do índice, atingindo uma segunda máxima recorde consecutiva. O papel da empresa fechou em alta de 4,0%, em meio a um ressurgimento do interesse na ação após a aquisição da Sprint Nextel e com uma possível oferta pública inicial do Alibaba Group Holdings no futuro próximo. O SoftBank é o maior acionista da Alibaba. Fonte: Dow Jones Newswires.