Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei fechou em alta de 1,7%, para 15.859,22 pontos (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 05h17.
Tóquio - A Bolsa de Tóquio registrou forte alta e alcançou a maior pontuação de fechamento em 6 anos após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciar o início da redução dos estímulos mensais para US$ 75 bilhões, de US$ 85 bilhões.
O índice Nikkei fechou em alta de 1,7%, para 15.859,22 pontos. Esse desempenho ocorre após os ganhos de 2% da véspera e levou o índice para o maior nível de fechamento desde 12 de dezembro de 2007.
A bolsa também foi influenciada positivamente pela forte desvalorização do iene. Ontem, o dólar subiu para o maior nível em 5 anos contra o iene logo após o anúncio do Fed. No mesmo momento de fechamento da Bolsa de Tóquio, o dólar operava a 104,11 ienes, de 102,99 ienes no fim do pregão de ontem.
Influenciadas pelo câmbio, as ações de empresas exportadoras se destacaram. As ações da Fast Retailing ganharam 4,5%, as da Kyocera subiram 2,5% e as da Mitsui Fudosan avançaram 3,9%.
Operadores de mercado disseram que o volume negociado foi forte. Mais de 2,8 bilhões de ações foram negociadas, em um dos volumes mais fortes em um mês.
"O que o Fed fez ao cortar US$ 10 bilhões por mês no programa de alívio faz menos diferença do que a mudança de postura", afirmou David Baran, co-presidente executivo do Symphony Financial Partners, um fundo de hedge baseado no Japão com mais de US$ 300 milhões em ativos.
Ontem, as bolsas norte-americanas também registraram fortes ganhos, diante da avaliação de que a economia dos EUA melhorou o suficiente para que os estímulos possam ser retirados. O índice Dow Jones fechou em forte alta de 1,84%.
"Um avanço ainda maior do rali em Wall Street, impulsionado pelo sentimento de tomada de risco, pode levar o dólar acima de 105 ienes, levando a mais ganhos no mercado acionário do Japão", disse Mitsushige Akino, gestor de fundos no Ichiyoshi Asset Management.
Com o aguardado início da retirada dos estímulos, o mercado agora avalia outros fatores, como os próximos passos da administração do primeiro-ministro, Shinzo Abe, para reestruturar a economia. Fonte: Dow Jones Newswires.