Redatora na Exame
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 07h37.
Esta terça-feira, 18, começa com os mercados internacionais atentos para a reunião entre representantes dos Estados Unidos e da Rússia, realizada na Arábia Saudita, para discutir o fim da guerra na Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não irá participar da discussão e afirmou que não aceitará o resultado dessas negociações.
As principais lideranças europeias também foram deixadas de fora das conversas. Na última segunda-feira, 17, os líderes da Alemanha, Reino Unido, Itália, Polônia, Espanha, Holanda, Dinamarca, Otan e União Europeia se reuniram em Paris para discutir o assunto.
Após o encontro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que está pronto para considerar o envio de forças britânicas para o território ucraniano “se houver um acordo de paz duradouro”.
Já Emmanuel Macron, da França, publicou na rede social X que busca construir uma “paz forte e duradoura na Ucrânia” ao lado de “todos os europeus, americanos e ucranianos”.
O presidente francês disse que, para isso, a Rússia deve parar com “agressões” e dar garantias seguras e confiáveis para o povo ucraniano sobre a paz.
Diante da incerteza geopolítica na região, os mercados europeus abriram em queda. O índice europeu Stoxx 600 registrava queda de 0,1% às 9h36, no horário de Londres.
Em contrapartida, as ações de fabricantes de equipamentos de defesa seguem em alta. A polonesa Lubawa disparou 9,3%, enquanto as alemãs Renk Group e Hensoldt tiveram ganhos de 7,4% e 3,4%, respectivamente. Já a britânica QinetiQ subiu quase 3%.
Nos Estados Unidos, os futuros das ações subiram na terça-feira. Os futuros do Dow Jones Industrial Average avançaram 0,08%, enquanto os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 subiram 0,2% e 0,29%, respectivamente.
No Brasil, às 10h30, o Banco Central faz um leilão de linha de até US$ 3 bilhões. O objetivo da operação é a rolagem de um vencimento previsto para 6 de março deste ano, conforme comunicado divulgado pelo BC.
No começo da manhã, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, teve alta de 0,01% na segunda quadrissemana de fevereiro, desacelerando ante a alta de 0,17% observada na primeira quadrissemana deste mês.
Nos Estados Unidos, os mercados retomam a atividade após o feriado do Dia do Presidente na última segunda-feira, 17.
Às 10h30, será publicado o índice de atividade industrial Empire State de fevereiro. Depois, às 12h, saí o índice NAHB de confiança das construtoras.
Após o fechamento do mercado na última segunda-feira, 17, o BB Seguridade divulgou que teve lucro líquido ajustado de R$ 2,1 bilhões no quarto trimestre de 2024, uma alta de 5,8% na comparação anual. A empresa anunciou que vai pagar R$ 4,4 bilhões em dividendos, a R$ 2,27 por ação, no próximo dia 6 de março.
A Neoenergia, que também publicou balanço na noite de segunda-feira, informou que teve lucro líquido de R$ 852 milhões no último trimestre do ano passado, o que representa uma queda anual de 12%. Com ajustes, o lucro caiu 5% e somou R$ 1,3 bilhão. No período, as receitas da companhia somaram R$ 12,84 bilhões, alta de 15% na comparação anual.
Nesta terça-feira, a temporada de balanços continua. GPA, Carrefour, Iguatemi e XP divulgarão os resultados do quarto trimestre após o fechamento do mercado.
Na Ásia, os mercados ainda repercutem a sinalização de apoio do presidente chinês Xi Jinping ao setor privado do país. Nesta terça-feira, os pregões encerraram as negociações com resultados mistos. No Japão, o índice Nikkei 225 terminou o dia com alta de 0,25%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,63%.
Na China, o índice CSI 300 caiu 0,88% após um dia de negociações instáveis. Já o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 1,59%. O Hang Seng Tech, impulsionado pelas falas de Xi, reverteu as perdas da sessão anterior e terminou o dia com alta de 2,54%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 teve queda de 0,66% depois que o Reserve Bank reduziu as taxas de juros do país em 0,25 pontos percentuais, para 4,1%. Esse é o primeiro corte nas taxas australianas em mais de quatro anos.