No acumulado do mês, os papéis da Natura registram valorização de 2,52%, embora no ano tenham queda de 20,63%. (Silvia Zamboni)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2011 às 11h57.
São Paulo – Após incorporar os últimos resultados apresentados pela Natura (NATU3) e novas premissas macroeconômicas, o analista Marcelo Alves Varejão da Socopa Corretora optou por manter nesta terça-feira (2) a recomendação neutra para as ações da companhia, não apenas pelo atual preço dos papéis, mas também pela expectativa de um melhor desempenho da empresa no segundo semestre deste ano.
Em relatório, Varejão atribuiu um preço-alvo para as ações ordinárias da companhia de 44,00 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 22,22% frente à cotação de 36,00 reais vista no fechamento do último pregão. No acumulado do mês, os papéis da companhia registram valorização de 2,52%, embora no ano apresentem forte recuo de 20,63%.
Em sua análise, a Socopa destaca que os números da Natura no segundo trimestre de 2011 “mostraram forte desaceleração do crescimento da receita, devido à combinação da menor expansão do setor como um todo e do recente acirramento da concorrência”.
A Natura registrou lucro líquido de 188,1 milhões de reais entre abril e junho, um recuo de 1,8% ante os 191,5 milhões de reais observados no mesmo período de 2010. A receita líquida cresceu 8,6%, para 1,393 bilhão de reais, ante 1,283 bilhão de reais registrado no segundo trimestre do ano passado.
Apesar de um primeiro semestre desfavorável em termos de resultado, Varejão acredita que a Natura deve ter desempenho melhor na segunda metade do ano, especialmente por conta do controle de custos, da retomada dos lançamentos e do maior foco no ganho de produtividade.
Estamos “à espera de mudança do atual cenário”, afirma Varejão. A projeção dele é que a Natura registre um lucro líquido de 809 milhões de reais no acumulado de 2011, com receita líquida de 5,801 bilhões de reais. Para 2012, o lucro líquido deve saltar para 916 milhões de reais, enquanto a receita líquida crescerá para 6,590 bilhões de reais.