Musk: pretende acabar com as proibições permanentes de usuários na rede social (Al Drago/Bloomberg/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 28 de outubro de 2022 às 09h22.
Elon Musk pretende assumir o cargo de CEO do Twitter depois de concluir sua aquisição de US$ 44 bilhões da rede social, além de liderar a Tesla e a SpaceX.
Musk teria a intenção de buscar um substituto para Parag Agrawal, que foi demitido junto com outros executivos após a conclusão do negócio, disse uma pessoa familiarizada com o assunto, que pediu para não ser identificada. Por hora, o bilionário deve permanecer como CEO, mas pode em algum momento ceder o cargo, acrescentou a fonte. Representantes do Twitter não quiseram comentar.
A aquisição coloca o homem mais rico do mundo no comando de uma rede social em dificuldades após seis meses de disputas públicas e legais.
Mudar a liderança da empresa foi uma de suas primeiras medidas. As demissões incluíram Vijaya Gadde, chefe do departamento jurídico e de políticas, o diretor financeiro Ned Segal, que entrou no Twitter em 2017, e Sean Edgett, principal advogado do Twitter desde 2012. Edgett foi escoltado para fora do prédio, segundo apurou a Bloomberg.
Musk também pretende acabar com as proibições permanentes de usuários, disse a fonte. Isso significa que pessoas previamente expulsas da plataforma podem retornar, uma categoria que incluiria o ex-presidente Donald Trump, disse a pessoa. Não está claro, no entanto, se Trump seria autorizado a voltar ao Twitter no curto prazo.
A aquisição encerra uma saga complicada que começou em janeiro com o acúmulo silencioso de uma grande participação na empresa, a crescente exasperação do bilionário com a forma como ela era administrada e um acordo de fusão, que mais tarde ele passou meses tentando desfazer.
O bilionário fará uma reviravolta imediata às operações do Twitter, em parte porque muitas de suas ideias contrastam com como a empresa era administrada há anos. Ele disse que quer garantir “liberdade de expressão” na rede social.
O Twitter baniu Trump dias após a insurreição do Capitólio em 2021, citando o “risco de mais incitação à violência”. Com a expectativa de que o ex-presidente faça outra candidatura à Casa Branca em 2024, um retorno ao Twitter pode lhe dar a oportunidade de turbinar sua mensagem.
Mais amplamente, as iniciativas de Musk ameaçam desfazer anos de esforços do Twitter para reduzir o bullying e o abuso na plataforma.