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Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2011 às 09h58.
São Paulo – A Mundial (MNDL4; MNDL3) irá receber 50 milhões de dólares de um fundo gerido pela americana Yorkville Advisors em um período de até dois anos por meio de várias emissões de ações, explica a empresa por meio de comunicado publicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta segunda-feira (18).'
A informação havia sido antecipada pelo blog Blue Chips de EXAME.com. Segundo a empresa, o aporte irá "fortalecer sua base acionária além de promover a dispersão". O valor das ações a serem adquiridas não foi revelado. O cálculo será feito a cada tranche realizada durante o período de acordo.
Cada emissão privada terá o preço por ação calculado levando-se consideração o maior valor entre o equivalente a 97% da média, ponderada pelo volume, das 3 menores cotações diárias durante o período de 10 dias seguidos de negociação a partir do recebimento pelo fundo da requisição de subscrição da companhia.
"O fundo irá subscrever o saldo de ações não subscritos pelos acionistas que vierem a declinar do seu respectivo direito de preferência", destaca o diretor de relações com investidores e presidente da companhia, Michael Lenn Ceitlin, que assina o documento. As ações preferenciais da Mundial acumulam uma alta de 1195% neste ano, a maior da Bovespa até o momento.
Liquidez
Os papéis da Mundial têm, nas últimas semanas, registrado um volume superior ao de blue chips como a Petrobras. Em 30 de junho, por exemplo, as ações negociaram 290 milhões de reais em aproximadamente 34 mil negócios. A ação ordinária da Petrobras, que tem participação de 2,9% no Ibovespa, registrou um volume de 123,8 milhões de reais com 5.875 operações. A base de acionistas da Mundial disparou 76% em apenas três meses.
A empresa irá decidir sobre a entrada no Novo Mercado, o nível mais elevado de Governança Corporativa da BM&F Bovespa, em 27 de julho. As ações preferenciais serão convertidas em ordinárias, na proporção de uma para 0,8.
Histórico
A reaproximação com o mercado começou após a Mundial concluir, no final do ano passado, o plano de reestruturação da empresa iniciado em 2003. O primeiro passo foi a contratação da Compliance, uma consultoria de Relações com Investidores em abril.
A Mundial então resolveu organizar uma teleconferência com investidores e analistas para apresentar as estimativas da companhia para os resultados do ano, além dos planos de reestruturação da dívida fiscal.
A participação chegou a 70 pessoas. Após isso, a Mundial visitou cerca de 10 corretoras e bancos e, a teleconferência mais recente, realizada e, 20 de junho, foi acompanhada por 200 pessoas.