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Mounjaro, medicamento usado para perda de peso, tem data para chegar ao Brasil; veja preço

Medicamento foi aprovado pela Anvisa em 2023, mas até o momento só pode ser adquirido no Brasil via importação

Mounjaro (tirzepatida) é um remédio para diabetes tipo 2 desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly

Mounjaro (tirzepatida) é um remédio para diabetes tipo 2 desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 19 de março de 2025 às 17h26.

Última atualização em 19 de março de 2025 às 17h32.

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O Mounjaro, medicamento para diabetes da farmacêutica Eli Lilly, já tem data de lançamento no Brasil: 7 de junho de 2025. A informação foi confirmada pela farmacêutica à EXAME.

Aprovado pela Anvisa em 2023 para o tratamento do diabetes tipo 2, o Mounjaro (tirzepatida), principal concorrente do Ozempic (semaglutida), ainda não está disponível nas farmácias brasileiras.

O preço máximo ao consumidor será de R$ 3.627,82 por caneta com seis doses, suficiente para um mês de tratamento. No entanto, esse valor pode variar conforme a prática do mercado.

Atualmente, o medicamento só pode ser adquirido no Brasil via importação. A Anvisa permite a compra de até seis caixas, contendo 24 canetas no total, para um tratamento de seis meses. O custo estimado dessa importação fica entre R$ 40 mil e R$ 55 mil.

Como o Mounjaro funciona?

O princípio ativo do Mounjaro é a tirzepatida, pertencente à classe de medicamentos análogos de GLP-1, que têm revolucionado o tratamento da obesidade. Enquanto o Ozempic (semaglutida, da Novo Nordisk) já é aprovado no Brasil tanto para diabetes tipo 2 quanto, em doses maiores, para emagrecimento sob o nome de Wegovy, o Mounjaro se diferencia por ser um duplo agonista.

Ele imita dois hormônios: GLP-1 e GIP, responsáveis por ativar a sensação de saciedade no cérebro e retardar a digestão, reduzindo a fome e o consumo calórico. No pâncreas, também estimula a produção de insulina, tornando-se eficaz no controle do diabetes tipo 2.

Nos Estados Unidos, o medicamento foi aprovado para o tratamento da obesidade com o nome comercial Zepbound. No Brasil, a Anvisa ainda avalia essa indicação.

Qual é a eficácia do medicamento?

Pesquisas conduzidas pela Eli Lilly mostram que a tirzepatida reduziu o peso corporal 47% mais do que a semaglutida (princípio ativo do Ozempic).

Além disso, os dados apontam que:

  • 31,6% dos participantes que usaram a tirzepatida perderam pelo menos 25% do peso corporal.
  • No grupo da semaglutida, esse percentual foi de 16,1%.

Por outro lado, o medicamento pode ter efeitos adversos, como náusea, vômito e diarreia, geralmente de intensidade leve a moderada, segundo a fabricante.

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