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Moody's: risco de saque contínuo desafia bancos gregos

Fluxos causarão uma grave deficiência de caixa se aumentarem rapidamente para mais de 35% dos depósitos, segundo a agência de classificação de risco

Dados são do relatório Perspectiva de Crédito Semanal da agência (Garth Burger/Stock.xchng)

Dados são do relatório Perspectiva de Crédito Semanal da agência (Garth Burger/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 10h31.

Cingapura - O risco de contínuos fluxos de saques de depósitos de clientes privados é um importante fator negativo para o crédito dos bancos da Grécia e tais fluxos causarão uma grave deficiência de caixa se aumentarem rapidamente para mais de 35% dos depósitos, afirmou a agência de classificação de risco Moody's Investors Service.

No relatório Perspectiva de Crédito Semanal da agência, o analista Nondas Nicolaides declarou que a Moody's calcula que os fluxos de saída de capital totalizaram cerca de 8% dos depósitos desde o começo deste ano, com base em conversas com bancos gregos e em informações públicas.

Nicolaides disse que o potencial para mais saídas de capital de depósitos impõe "um grande risco de liquidez para os bancos" e acrescentou que as instituições gregas provavelmente terão desafios cada vez maiores para reduzir a dependência de financiamento do Banco Central Europeu (BCE).

"Um declínio sustentado dos depósitos de mais de 35% - quase equivalente aos ativos líquidos do sistema bancário consolidado e à disponibilidade de fundos do BCE - dentro de um período curto de tempo, causaria uma grave deficiência de caixa entre os bancos", alertou Nicolaides.

Segundo o analista da Moody's, os depósitos vêm diminuindo desde o fim de 2009, mas a queda se acelerou nos últimos dois meses, à medida que tensões políticas e incertezas sobre o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia fizeram com que os depositantes levassem seu dinheiro para outros locais.

Nicolaides acrescentou que o crescente risco de liquides dos bancos foi agravado pelos voláteis depósitos do governo, que correspondiam a 6,7% dos depósitos totais em abril deste ano e são usados para reembolsar títulos do governo vencidos.

O analista disse também que o financiamento do BCE por meio de transações de repo (recompra de títulos) - das quais os bancos gregos se tornaram dependentes - ajudarão a reduzir as pressões de liquidez, desde que esse método de financiamento permaneça disponível no caso de um default soberano da Grécia. As informações são da Dow Jones.

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