Cemig: perspectiva dos ratings permaneceu negativa (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2014 às 20h09.
São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating da Cemig Geração e Transmissão (GT) para Ba1, de Baa3, o primeiro nível dentro do grau especulativo.
A Moody's também reafirmou o rating Ba1 da Cemig. A perspectiva dos ratings permaneceu negativa.
"O rebaixamento dos ratings de emissor da Cemig GT reflete principalmente nossa projeção de deterioração dos indicadores de crédito da Cemig GT em base intrínseca, diante do aumento considerável esperado no nível da dívida e o pagamento substancial de dividendos antes do final ano", afirmou a agência em relatório.
A Moody's acrescentou que continua esperando "um enfraquecimento da posição financeira consolidada da Cemig, em meio ao nível crescente de incertezas e desafios no setor elétrico brasileiro como um todo, em decorrência do impacto negativo derivado do declínio significativo no nível dos reservatórios de água das hidrelétricas no Sudeste do país, da continuidade do impacto negativo dos custos elevados da energia termelétrica, em face da persistente condição de seca dos últimos dois anos, e o provável retorno das concessões ao governo federal, que representam um volume significativo da energia assegurada da Cemig GT".
Segundo a Moody's, os ratings da Cemig e da Cemig GT podem ser rebaixados se as empresas não ajustarem suas respectivas distribuições de dividendos e custos operacionais de forma significativa, continuarem fazendo amplos investimentos em participações ou aquisições ou não conseguirem garantir financiamento de longo prazo a termos razoáveis que permitam preservar um nível adequado de liquidez e uma estrutura de capital robusta.
"A perspectiva negativa para todos os ratings reflete a atual perspectiva negativa para o Estado de Minas Gerais (Baa3/negativa), que controla a Cemig, e nossa expectativa de que o setor elétrico brasileiro, no geral, deverá continuar sendo submetido a um declínio nas margens operacionais no restante de 2014 e, provavelmente, em 2015, diante das condições de seca e das incertezas relacionadas às ações futuras do governo federal em relação à recuperação de custos", afirmou a agência.