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Moody's diz que rating e perspectiva da Vale serão mantidos

Enquanto 54% dos ativos consolidados da Vale são concentrados no Brasil, o restante das unidades estão espalhadas em diversos países, como Canadá e Indonésia


	Logo da Vale: segundo a Moody's, as operações e resultados da Vale mostram que a companhia está exposta a fatores macroeconômicos do Brasil, mas o benefício da desvalorização do real compensa a pressão inflacionária sobre os custos
 (Denis Balibouse/Reuters)

Logo da Vale: segundo a Moody's, as operações e resultados da Vale mostram que a companhia está exposta a fatores macroeconômicos do Brasil, mas o benefício da desvalorização do real compensa a pressão inflacionária sobre os custos (Denis Balibouse/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2015 às 13h53.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's afirmou nesta quarta-feira, 12, que o rating Baa2 e a perspectiva negativa da Vale não são afetados pelo rebaixamento da nota do Brasil. Nessa terça, 11, a agência rebaixou o rating do País para Baa3 e alterou a perspectiva de negativa para estável.

"A forte posição competitiva da Vale como a maior produtora do mundo de minério de ferro e de níquel e um negócio que tem 85% de suas receitas vindas de fora do Brasil fornecem um isolamento razoável do ambiente macroeconômico do País e faz da Vale uma companhia menos vulnerável a um declínio na qualidade do crédito soberano", afirmou a vice-presidente da Moody's e analista sênior Barbara Mattos.

Além disso, segundo a agência, enquanto 54% dos ativos consolidados da Vale são concentrados no Brasil, o restante de suas unidades estão espalhadas em diversos países, como Canadá, Indonésia, Austrália e Moçambique.

"Apesar disso, a maioria das receitas da companhia são geradas por meio de exportações, indicando a baixa dependência do mercado brasileiro para a geração de fluxo de caixa", avalia a Moody's.

Segundo a Moody's, as operações e resultados da Vale mostram que a companhia está exposta a fatores macroeconômicos do Brasil, como taxa de juros, câmbio e inflação. No entanto, o benefício "da desvalorização do real mais do que compensa a pressão inflacionária sobre os custos".

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