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Moody's continuará revisando dívida da Espanha até setembro

A agência disse que não concluiu a revisão pois espera mais dados sobre a extensão da recapitalização que o sistema bancário precisa


	Sede da Moody's em Nova York: em junho, a agência rebaixou em três graus a qualificação da dívida soberana da Espanha
 (Stan Honda/AFP)

Sede da Moody's em Nova York: em junho, a agência rebaixou em três graus a qualificação da dívida soberana da Espanha (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 09h03.

Nova York - A agência de medição de riscos Moody's anunciou nesta quinta-feira que seguirá revisando, "até o fim de setembro", sua classificação da dívida soberana da Espanha, que deve ter aumentado desde a última revisão, realizada em junho.

A Moody's disse que não concluiu a revisão pois espera mais dados sobre a extensão da recapitalização que o sistema bancário precisa e da dimensão dos mecanismos de apoio disponíveis do país no âmbito do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Além disso, a agência mencionou as "possíveis mudanças" que possam existir no atual contexto de gestão de crise, para retomar discussões na próxima semana com os legisladores sobre assuntos como a possibilidade de um maior avanço da união bancária.

"Não podemos descartar, ainda, a necessidade de uma ação imediata para que a Espanha tenha capacidade de refinanciar a dívida, obrigando o país a buscar ajuda externa além do programa de recapitalização", advertiu a agência.

A Moody's acrescentou que, embora o "pleno apoio" sob estas condições de mercado pudesse "reduzir o risco de inadimplência em curto prazo", os riscos a médio prazo aumentariam em um cenário como o atual.

Em 13 de junho, a agência rebaixou em três graus a qualificação que outorga à dívida soberana da Espanha, de "A3" ("notavelmente baixo") até "BAA3" ("aprovado baixo"), e a situou em perspectiva negativa.

Em seguida, justificou a decisão de considerar que o resgate do sistema bancário espanhol "vai aumentar" a carga da dívida, assim como seu "limitado" acesso aos mercados financeiros e a "contínua fraqueza" da economia espanhola.

Uma semana depois, em 26 de junho, a agência também rebaixou de um a quatro graus a qualificação de mais de 20 bancos espanhóis depois que Madri pediu oficialmente ajuda europeia para sanar uma parte da dívida bancária. 

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