Companhias com possibilidade de rebaixamento de rating na América Latina: Petrobras Argentina, Petróleos Mexicanos (Pemex), Pan American Energy, o braço argentino da Pan American Energy e a Petroleum Co.of Trinidad & Tobago (Petrotrin) (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 11h07.
São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's colocou os ratings de cinco companhias do setor de petróleo em revisão para possível rebaixamento.
As empresas são a Petrobras Argentina, a Petróleos Mexicanos (Pemex), a Pan American Energy, o braço argentino da Pan American Energy e a Petroleum Co.of Trinidad & Tobago (Petrotrin).
Além dessas empresas latino-americanas, a Moody's colocou em revisão para possível rebaixamento um total de 120 companhias de petróleo e gás pelo mundo.
A decisão foi tomada, segundo a agência, após o corte em suas estimativas para o preço do petróleo, diante do quadro de excesso de oferta nos mercados globais.
"A Moody's estima agora que o petróleo Brent, a referência internacional, ficará em média em US$ 33 o barril em 2016 - uma redução de US$ 10 ante nossa estimativa anterior", afirmou.
A agência prevê uma leve recuperação para US$ 38 o barril em 2017 e US$ 43 o barril do Brent em 2018. A Moody's cita também o enfraquecimento na demanda e o fato de que os preços atingiram recentemente mínimas em vários anos, o que continua a pressionar os perfis de crédito das companhias do setor.
A agência afirma que vê agora um "risco substancial" de que os preços se recuperem muito mais lentamente, no médio prazo, que o esperado por muitas companhias, além de avaliar que há riscos de baixa para os preços.
Mesmo em um cenário de recuperação modesta em relação aos preços atuais, as companhias do setor passarão por crescente estresse financeiro, com fluxo de caixa bem menor, aponta.
A Moody's diz ainda que a revisão anunciada se concentra em companhias com ratings na faixa entre a A1 e a B3, mas que ela também está reavaliando companhias com notas maiores e menores, diante desse contexto.
As companhias com ratings mais alto são um pouco mais resistentes aos preços baixos do petróleo, nota a Moody's, enquanto muitas daquelas com ratings mais baixos já foram recentemente alvo de rebaixamentos.