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Moody's afunda Chipre ainda mais no bônus lixo

Agência de classificação de risco argumenta que a falta de acordo entre o governo e a troika formada por Comissão Europeia, BCE e FMI foi fator para a degradação da nota


	Agência de classificação de risco Moody´s
 (Mike Segar/Reuters)

Agência de classificação de risco Moody´s (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 06h12.

Nicósia - A agência de classificação de riscos Moody's rebaixou nesta terça-feira em três degraus a nota de solvência da dívida do Chipre (de 'Ba3' a 'B3'), afundando-a ainda mais no território do bônus lixo devido à delicada situação do seu setor bancário.

A agência também justificou sua decisão pela conjuntura macroeconômica adversa e a incerteza política, dois elementos que acrescentam dificuldades à capacidade creditícia do Estado mediterrâneo.

A Moody's argumenta ainda que a falta de acordo entre o governo do Chipre e a 'troika' formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional foi outro fator para a degradação da nota.

Além do rebaixamento da dívida avalizada pelo Estado, a agência também diminuiu a qualificação de solvência dos principais bancos cipriotas, muito debilitados por sua exposição à economia da Grécia.

A Moody's já rebaixara em 13 de junho a nota da dívida soberana do Chipre devido às consequências que levaria para a economia da ilha mediterrânea uma potencial saída da Grécia da zona do euro.

O Chipre, que se converteu em 25 de junho no quinto sócio do euro a pedir ajuda financeira, negocia atualmente com os analistas da 'troika' o montante final do resgate.

O governo cipriota está tentando resistir à imposição de medidas demandadas pela 'troika', como um rebaixamento de 15% no salário dos funcionários públicos, alegando que isso deprimiria ainda mais uma economia que neste ano deverá encolher 1,5%.

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