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MMX cai forte na bolsa após prejuízo de R$ 243 milhões

Resultado foi afetado pela desvalorização frente ao dólar no terceiro trimestre

MMX vendeu 20% a mais minério de ferro no período para um nível recorde (Divulgação)

MMX vendeu 20% a mais minério de ferro no período para um nível recorde (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 13h48.

São Paulo – As ações da mineradora MMX (MMXM3) ocupam a posição de maior queda da bolsa brasileira nesta terça-feira. Os papéis da empresa do investidor Eike Batista chegaram a cair 4,5% no pior momento do dia, negociados a 7,11 reais.

O desempenho é reflexo do resultado do terceiro trimestre apresentado ao mercado após o fechamento de ontem, que mostrou um prejuízo líquido de 243,2 milhões de reais.

No mesmo período do ano anterior, ela tinha alcançado um lucro líquido de 90,9 milhões de reais. O resultado financeiro líquido ficou negativo em 305,779 milhões de reais. O desempenho foi resultado da desvalorização do real frente ao dólar no período

Tony Robson, da BMO Capital Markets, explica que ao desconsiderar as perdas de 318 milhões de reais com a variação cambial nos pagamentos da dívida denominada em dólar, a empresa teria um lucro de 75 milhões de reais, ou seja, em linha com a estimativa projetada por ele de 74 milhões de reais.

Apesar do prejuízo, a MMX conseguiu vender 20% a mais minério de ferro no período para um nível recorde. O mercado interno foi responsável por 69% das vendas, enquanto o externo 31%.


“As vendas de 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro vieram em linha com as estimativas da BMO; entretanto, os preços recebidos foram menores que o esperado devido à maior participação das entregas domésticas”, explica Robson, que tem a recomendação de desempenho em linha com a média (Market perform) e um preço-alvo de 8 reais.

Perspectivas

Para o analista do BB Investimentos, Victor Penna, o ritmo de crescimento operacional deverá ser um pouco menor daqui para frente.

“Além de sazonalmente mais fraco, as expectativas de um arrefecimento mundial diante da já observada redução na produção de aço induz a um menor consumo de minério de ferro”, aponta.

Ele espera ainda que a volatilidade nos preços à vista do minério de ferro influenciem com a pressão das siderúrgicas chinesas para adoção de um novo sistema de precificação. Os preços atingidos em outubro chegaram ao menor patamar dos últimos 15 meses.

A MMX disse no relatório de resultados que a queda nas últimas semanas é temporária. “A companhia mantém a expectativa de crescimento da demanda nos próximos anos”, diz.

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