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Minerva terá forte geração de valor ao acionista em 2021, diz executivo

Danilo Cabrera, head de RI da empresa de proteína animal, contou as perspectivas de negócios para 2021 em entrevista ao programa Papo Aberto, da EXAME Invest Pro

Linha de produção de carnes processadas da Minerva em Barretos, no estado de São Paulo (Ricardo Benichio/Exame)

Linha de produção de carnes processadas da Minerva em Barretos, no estado de São Paulo (Ricardo Benichio/Exame)

Mesmo com o prolongamento da pandemia, 2021 será um ano de forte geração de valor para os acionistas da Minerva Foods (BEEF3). É o que disse Danilo Cabrera, head de Relações com Investidores (RI) da empresa, em entrevista a Bruno Lima, head de renda variável da EXAME Invest Pro, no programa Papo Aberto desta semana.

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A Minerva é uma companhia brasileira que atua no setor de produção e comercialização de carne in natura e derivados, exportação de gado vivo e processamento de carnes. Segundo Cabrera, o ano passado serviu para espelhar um pouco o que deve vir pela frente nos resultados da companhia. No acumulado de 2020, a Minerva apresentou um lucro líquido de 697,1 milhões de reais. O valor veio bem acima dos 16,2 milhões de reais registrados em 2019.

"Devemos ter um 2021 bastante forte, mesmo com o cenário de pandemia que ainda existe. Estamos bastante confortáveis que, em 2021, devemos ter resultados bastante em linha com o que aconteceu ao longo do último ano. Isso tudo sinaliza que, sim, devemos ter um movimento de geração de valor bastante forte para o acionista", afirmou.

Cabrera disse que o consumo global de proteína animal tende a crescer neste ano mesmo com a crise ainda provocada pela pandemia do novo coronavírus.

"Os incentivos do governo americano, com o lema 'consumo na veia para a população', trarão impacto para o setor de alimentos. O consumo global vai crescer este ano. É um ano de dificuldades em razão do cenário próprio da pandemia, mas o consumo do mercado americano vai ser forte", disse o executivo da maior exportadora de carne bovina da América do Sul.

Austrália abre oportunidades

Na última semana, dados do portal australiano "Beef Central" mostraram que as exportações de carne vermelha da Austrália atingiram, em março, o menor patamar para o mês em dez anos. Com isso, as exportações do Brasil e de outros países ganharam um fôlego extra. A Austrália é, tradicionalmente, um dos players mais importantes no mercado de exportação de carne bovina.

Segundo Cabrera, com a queda de produção da Austrália, haverá um ganho de escala inequívoco para Brasil, Argentina e Uruguai. "Esses países chegarão a mercados que usualmente eram abastecidos pela Austrália. E também terão acesso a mercado caros", diz.

O head de RI da Minerva destaca que Argentina e Uruguai se beneficiarão desse espaço também por terem carnes com padrão de qualidade bem reconhecidas pelos clientes.

A Austrália passa por um desafio de recomposição de seus rebanhos por causa de condições climáticas, como desertificação, e, também pelos incêndios em 2020, que afetaram uma região produtora de carnes.

Assista à entrevista com Danilo Cabrera, diretor de RI da Minerva:

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