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Minério de ferro volta a subir, EUA mais próximos de acordo da dívida e o que mais move os mercados

No mercado local, investidores esperam entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à tarde

Minério de ferro volta à altas (Rich Press/Bloomberg)

Minério de ferro volta à altas (Rich Press/Bloomberg)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 26 de maio de 2023 às 07h57.

Nesta sexta-feira, 26, os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas europeias operam em compasso de espera, na expectativa pela divulgação de novos dados do PCE de abril. O indicador de inflação do consumo norte-americano ajuda a balizar a decisão do Federal Reserve acerca dos juros.

No radar dos investidores também está a negociação sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, que, agora, parece ficar mais próxima de um acordo. A expectativa sobre o tema fez com que os principais índices do mercado de capitais norte-americano caminhassem para o pior desempenho semanal em dois meses.

Na Ásia, todas as bolsas fecharam no campo positivo, impulsionadas ainda pelas projeções positivas por causa dos números da empresa de tecnologia Nvidia e pela retorno do preço do minério de ferro às altas. Em Dalian, na China, a commodity  avançou 3,96%, depois de quedas expressivas ao longo da semana que levaram os papéis das mineradoras à lona.

Por aqui, com uma agenda esvaziada de indicadores, o mercado espera a divulgação dos números do setor externo pelo Banco Central e a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às 16h para a emissora de televisão GloboNews. No corporativo, a CVC anunciou na noite de ontem que tem um novo CFO, um dia depois do CEO, Leonel Andrade, renunciar.

Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília)

  • Dow Jones futuro (Nova York): -0,49%
  • S&P 500 futuro (Nova York): +0,12%
  • Nasdaq futuro (Nova York): +0,13%
  • DAX (Frankfurt): -0,36%
  • CAC 40 (Paris): -0,18%
  • FTSE 100 (Londres): -0,11%
  • Stoxx 600 (Europa): -0,01%
  • Nikkei (Tóquio): 0,37%

Dívida dos Estados Unidos

De acordo com a agência de notícias Reuters, houve avanço nas conversas de Joe Biden e os líderes do Congresso na última quinta-feira. É preciso chegar a um acordo, segundo a agência, sobre US$70 bilhões em gastos. Na quarta-feira à noite, a agência de classificação de risco, Fitch Ratings, colocou o rating AAA dos Estados Unidos em observação negativa.

Minério de ferro em alta

Depois de fortes perdas ao longo da semana, o minério de ferro voltou a subir. Em Dalian, na China, foi cotado a US$ 100,44 por tonelada. Já os contratos futuros negociados em Cingapura fecharam com alta de 5,39%, valendo US$ 100,65. Esse movimento deve valorizar os papéis de companhias de mineração e siderurgia na Bolsa, depois de  desvalorização expressiva ao longo da semana. Nos últimos cinco dias, a ação da Vale (VALE3) caiu mais de 8%, para R$ 64,85.

CVC contrata novo CFO e tenta lidar com desafios

A CVC (CVCB3) anunciou, nesta quinta-feira, Carlos Wollenweber, ex-Even, como novo CFO da companhia. Desde 2020, Wollenweber atuava como diretor financeiro na Even e, posteriormente, de sua controlada MelnickEven. O executivo é o primeiro nome escolhido para o alto comando no desafio da companhia de reestruturar seu capital, enquanto precisa vencer a disputa com as agências de turismo digitais. Na noite quarta-feira, a empresa pegou o mercado de surpresa com a renúncia de Leonel Andrade, que era CEO da empresa desde 2020. A companhia já estava sem CFO desde abril, quando Marcelo Kopel também renunciou. 

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