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Migração de ações devolverá R$ 21 bi ao mercado, diz Bolsa

A segunda fase do Projeto de Integração das clearings foi finalizada nesta segunda depois que uma equipe fez uma força-tarefa para realizar a migração

Juntos, a migração dos derivativos à nova clearing em 2014, e agora os ativos de renda variável, devolveram ao mercado R$ 41 bilhões (Arthur Nobre/Divulgação)

Juntos, a migração dos derivativos à nova clearing em 2014, e agora os ativos de renda variável, devolveram ao mercado R$ 41 bilhões (Arthur Nobre/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 15h51.

Última atualização em 28 de agosto de 2017 às 15h55.

São Paulo - A migração das ações, renda fixa privada e BTC devolverá ao mercado uma liquidez de R$ 21 bilhões, acima do esperado inicialmente, informou nesta segunda-feira, 28, a B3.

A segunda fase do Projeto de Integração das clearings da companhia foi finalizada nesta segunda, às 6 horas, depois de um fim de semana em que funcionários da companhia, liderados pelo vice-presidente de clearing, Cícero Vieira, fizeram uma força-tarefa para realizar a migração.

A liquidez devolvida ao mercado ocorre por conta do ganho de eficiência nos depósitos dados como garantias pelos investidores. As garantias depositadas pelos participantes do mercado na B3 somavam, no fim de junho, R$ 277,8 bilhões, sendo parte relevante em títulos públicos federais.

Juntos, a migração dos derivativos à nova clearing em 2014, e agora os ativos de renda variável, devolveram ao mercado R$ 41 bilhões.

Na semana passada, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse que com o fim da integração das clearings a B3 irá se focar, de acordo com o executivo, em projetos de investimentos mais ágeis e para o curto prazo, com a atenção, por exemplo, às demandas do mercado. Além disso, o mantra na companhia passa a ser proximidade com os clientes.

Com a clearing unificada, as operações estruturadas são beneficiadas, por exemplo. Isso porque as operações com "mais de uma ponta", como as estratégias "long and short" passam a ficar mais eficientes, com a posição comprada compensando o risco da posição vendida, o que na prática reduz a margem. Segundo a B3, a margem pode ser até de 80% menor em relação ao modelo anterior.

A Bolsa destaca que a clearing "multiativos" tem uma capacidade para gerenciar 10 milhões de transações por dia. Com os produtos organizados em um único ambiente, haverá apenas uma estrutura de participantes, um conjunto de processos operacionais e de regras, uma janela de liquidação e um único sistema de administração de risco e de garantias.

Além disso, a clearing unificada considerará o risco existente entre os diversos ativos e produtos, sendo que o novo gerenciamento de risco leva em conta, assim, a posição líquida de todo o portfólio do investidor.

A Bolsa contava com quatro clearings herdadas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) antes da fusão em 2008, para os mercados de ações, derivativos, câmbio e títulos públicos.

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