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México toma espaço do Brasil entre empresas mais valiosas

O crescimento econômico mais fraco e a intervenção do governo na economia afetam a confiança de investidores


	Bovespa: o número de empresas do país entre as maiores do mundo caiu de 15  para 10 
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: o número de empresas do país entre as maiores do mundo caiu de 15  para 10  (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2012 às 09h50.

São Paulo - O Brasil está perdendo espaço para o México no ranking das 500 empresas de maior valor do mundo. O crescimento econômico mais fraco e a intervenção do governo na economia afetam a confiança de investidores.

O número de empresas do País entre as maiores do mundo por valor de mercado caiu de 15 há dois anos para 10 hoje, segundo dados compilados pela Bloomberg. Já o México, aumentou sua participação na lista de cinco para nove empresas, com a economia local se beneficiando da recuperação nos EUA.

O número de apenas uma empresa de vantagem para o Brasil é o menor desde 1998. Ações da OGX Petróleo & Gás Participações SA e da Centrais Elétricas Brasileiras SA foram as que mais caíram no País nesse período, o que excluiu as duas empresas da lista.

O Ibovespa acumula uma queda de 33 por cento em dólares nos últimos dois anos, período em que o governo da presidente Dilma Rousseff renegociou contratos de concessões de elétricas, pressionou bancos a reduzirem suas margens de lucros e forçou a Petróleo Brasileiro SA a praticar preços de combustíveis abaixo do mercado e enfraqueceu o real.

A desvalorização do Ibovespa, que eliminou US$ 323 bilhões em valor de mercado, foi a maior do Hemisfério Ocidental, só perdendo para as perdas de 41 por cento para a bolsa da Argentina.

“As manobras do governo têm sido uma grande surpresa para investidores”, disse Christopher Palmer, que ajuda a administrar US$ 2,5 bilhões em ativos como diretor para mercados emergentes na Henderson Global Investors Ltd., em entrevista por telefone.

“Eles podem estar criando um futuro melhor para o povo brasileiro, mas há um equilíbrio que precisa ser encontrado entre os consumidores e os investidores, que vão entrar com o capital.”

 

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