Santander: segundo o governo, o setor financeiro mexicano é um dos mais solventes da região, com elevados crescimentos no crédito e uma inadimplência muito baixa (Pedro Armestre/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2012 às 10h49.
Cidade do México - O governo mexicano quer que os bancos do país cotem na Bolsa de Valores, da qual estão praticamente ausentes, e confia que outras entidades sigam o exemplo do Santander México, que lançará suas ações nas próximas semanas.
"Queremos que os investidores possam beneficiar-se dos benefícios que obtêm os bancos mexicanos, que até agora tem pouca presença nos mercados", disse a um grupo de jornalistas espanhóis o subsecretário de Fazenda Pública e Finanças do país, Gerardo Rodríguez.
Hoje mesmo, o presidente do grupo Santander, Emilio Botín, convocou à imprensa na capital mexicana para anunciar a colocação em Bolsa de 25% de sua filial no país, o Grupo Financeiro Santander México, em uma operação que será realizada neste país e nos Estados Unidos.
O subsecretário explicou que esta operação se encaixa no processo de desenvolvimento experimentado pelos bancos mexicanos desde que sofreram a grave crise de meados dos anos 90, e que lhes permitiu desde então se transformar em uns dos mais solventes da região, com elevados crescimentos no crédito e uma inadimplência muito baixa, em torno de 2,5%.
"Se no passado o setor financeiro foi uma fonte de vulnerabilidade, hoje em dia é uma fonte de fortaleza. Mas queremos que os bancos cotem no mercado local", disse o funcionário mexicano.