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Mercados na Europa fecham com direções divergentes

Declarações de presidente da Câmara dos EUA amenizam temores quanto ao "abismo fiscal"


	Homem observa cotações da Bolsa de Madri: o índice IBEX-35 recuou 0,33% na sessão desta quarta-feira
 (Javier Soriano/AFP)

Homem observa cotações da Bolsa de Madri: o índice IBEX-35 recuou 0,33% na sessão desta quarta-feira (Javier Soriano/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 15h08.

As bolsas da Europa fecharam em direções divergentes nesta quarta-feira, pela segunda sessão consecutiva, após o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, dizer que está otimista em relação à possibilidade de um acordo para evitar o "abismo fiscal". Por outro lado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez alertas sobre a economia da Espanha e seu plano para a reestruturação dos bancos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,11%, fechando a 273,15 pontos, acrescentando aos ganhos de terça-feira (27), com a notícia do acordo para a redução da dívida da Grécia.

Boehner disse nesta quarta-feira que continua "otimista" em relação ao fechamento de um acordo no Congresso para evitar uma série de aumentos de impostos e cortes de gastos prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro. Segundo ele, o Partido Republicano, ao qual pertence, está disposto a considerar novas fontes de receita, desde que isso não signifique elevar o imposto de renda cobrado sobre os mais ricos do país.

As declarações de Boehner ajudaram a aliviar os temores desencadeados na terça-feira (27) pelo líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, que afirmou que até agora houve pouco progresso na resolução da questão. "Os investidores estão muito sensíveis a esse assunto", disse o economista da Standard Life Investments Douglas Roberts.

A Espanha também está no radar dos investidores. Os órgãos reguladores da União Europeia aprovaram nesta quarta-feira os planos de reestruturação de quatro instituições de crédito da Espanha: BFA/Bankia, NCG Banco, Catalunya Banc e Banco de Valência.


Porém, o FMI disse que a Espanha tem uma estratégia bem desenhada para ajudar seu setor bancário, mas enfrenta desafios significativos para colocá-la em prática. O Fundo alertou também para a possibilidade de "quedas significativas" nos preços dos imóveis espanhóis, que já caíram mais de um terço desde 2008.

A Grécia também continua sendo uma preocupação para os investidores. O ministro de Finanças do país, Yannis Stournaras, disse hoje que os credores internacionais preparam um plano de apoio para resolver o problema da dívida do país caso o programa de recompra de bônus do governo falhe. Os planos para a recompra foram anunciados após a reunião desta semana do grupo de ministros de Finanças da zona do euro, o Eurogrupo.

Nesse cenário, o índice IBEX-35 da Bolsa de Madri recuou 0,33%, fechando a 7.837,60 pontos, após os comentários do FMI. As ações do Bankia afundaram 9,3%. O índice ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 2,87% e fechou a 822,72 pontos. Na Bolsa de Milão, o FTSE-Mib teve queda de 0,17%, fechando a 15.453,43 pontos. A maior perda foi registrada na Bolsa de Lisboa. O índice PSI-20 perdeu 0,47%, fechando a 5.223,00 pontos.

Já na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,37% e fechou a 3.515,19 pontos. O índice DAX da Bolsa de Frankfurt subiu 0,15%, fechando a 7.343,41 pontos. A bolsa saiu do vermelho próximo ao fim da sessão, após a fala de Boehner. Entre os destaques de alta aparecem Continental (+1,40%) e Henkel (+1,10%). Em Londres, a fala de Boehner teve o mesmo efeito e o índice FTSE avançou 0,06% no final da sessão, fechando a 5.803,28 pontos. As informações são da Dow Jones.

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