O índice Nikkei fechou em alta de 0,5% nesta terça-feira (Richard A. Brooks /AFP)
Repórter colaborador
Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 07h33.
As principais bolsas europeias seguiam em baixa nesta terça-feira, 10, à medida que o entusiasmo sobre a mais recente promessa de estímulo da China diminuiu. Investidores aguardam agora dados importantes sobre a inflação dos EUA na quarta-feira, bem como uma decisão do Banco Central Europeu a respeito dos juros na quinta.
O índice Stoxx Europe 600 quebrou uma sequência de oito dias de ganhos. O FTSE 100 em Londres operava em baixa de 0,5%, o CAC 40 em Paris estava no negativo em 0,5% e o DAX de Frankfurt tinha perdas de 0,12%.
Na Ásia, Xangai fechou em alta de 0,6% e o índice Nikkei se valorizou 0,5%. Já Hong Kong fechou em baixa de 0,5%.
O mercado financeiro ainda tenta decifrar o anúncio do Politburo do PC da China que prometeu adotar uma política monetária "moderadamente frouxa" em 2025, sinalizando mais cortes de juros à frente e mudando de uma estratégia mantida por quase 14 anos. Os investidores agora aguardam a Conferência Central de Trabalho Econômico, que deve começar na quarta-feira e pode sinalizar mais medidas fiscais.
Pequim também adicionou ouro às suas reservas pela primeira vez em sete meses. Os confrontos no Oriente Médio ajudaram impulsionar a demanda pelo metal no mundo.
Os preços do petróleo bruto e do tipo Brent caíram, pois os investidores permaneceram focados na incerteza no Oriente Médio em meio a tensões geopolíticas, mesmo com os anúncios da China limitando a queda.
Segundo a Bloomberg, os dados dos EUA, incluindo o índice de preços ao consumidor de quarta-feira, vão dar aos membros do Fed uma visão do ambiente de preços antes da reunião da semana seguinte. Qualquer indicação de que o progresso para conter a inflação estagnou pode minar as chances de uma terceira redução consecutiva nos juros.
E o mercado dá sinais dessa expectativa. O rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos subiu um ponto base para 4,21%.
Na quinta-feira, espera-se que o BCE corte sua taxa básica de juros pela quarta vez neste ano em meio a uma perspectiva econômica em deterioração e turbulência política na França e na Alemanha, as maiores economias da região.