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Mercados em alerta: tarifas de Trump sobre China, Canadá e México derrubam bolsas globais

Presidente americano confirmou taxação de 10% sobre importados chineses e de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos

Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 06h28.

Os investidores enfrentam uma semana turbulenta após o presidente Donald Trump impor tarifas alfandegárias de 10% sobre importações da China e de 25% sobre produtos do Canadá e do México. A medida afeta diretamente um fluxo comercial de US$ 1,6 trilhão entre os países e já provocou quedas nas bolsas globais.

Na manhã desta segunda-feira (3), os contratos futuros do Dow Jones caíram 1,49%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq-100 recuaram 1,92% e 2,4%, respectivamente. Na Ásia e no Pacífico, os principais índices fecharam em queda:

  • Nikkei 225 (Japão): -2,66%
  • Kospi (Coreia do Sul): -2,52%
  • S&P/ASX 200 (Austrália): -1,79%
  • Hang Seng (Hong Kong): -0,3%
  • Nifty 50 (Índia): -0,56%

Na China, os mercados permaneceram fechados devido ao feriado do Ano Novo Lunar, mas a divulgação do PMI de serviços pelo Caixin/S&P pode trazer novos impactos ao longo do dia.

Reações internacionais e medidas de retaliação

A decisão de Trump pegou muitos analistas de surpresa, que viam as tarifas como uma tática de negociação pouco provável de se concretizar. Com o anúncio oficial, os países afetados já preparam retaliações:

  • Canadá: O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou tarifas de 25% sobre US$ 105 bilhões em produtos americanos, em resposta direta às taxas impostas pelos EUA.
  • México: A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que adotará o "plano B", que inclui medidas tarifárias e restrições comerciais.
  • China: Pequim ainda não anunciou sanções, mas garantiu que abrirá um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC), argumentando que a medida viola as regras internacionais de comércio.
  • União Europeia: Embora não tenha sido alvo imediato das tarifas, um porta-voz do bloco declarou que "responderá com firmeza" caso Trump amplie as sanções.

Impacto nos mercados e na economia global

A decisão de Trump ocorre em meio a um cenário já volátil nos mercados. Na sexta-feira (31), os principais índices americanos registraram quedas:

  • S&P 500: -0,50%
  • Dow Jones: -0,75%
  • Nasdaq: -0,28%

O mercado de petróleo também sentiu o impacto. Os contratos futuros da commodity subiram 2%, alcançando US$ 74 por barril, diante da possibilidade de um aperto no fornecimento global.

Enquanto isso, mais de 120 empresas do S&P 500 divulgarão seus balanços nesta semana, incluindo gigantes como Amazon, Alphabet (Google), Mondelez e Disney. Além disso, os investidores aguardam o relatório de empregos de janeiro, que pode influenciar ainda mais o rumo da economia americana.

As razões por trás das tarifas

Desde a campanha eleitoral, Trump prometia medidas protecionistas contra grandes parceiros comerciais. O presidente americano justificou as novas tarifas como uma estratégia para combater imigração ilegal e o tráfico de drogas, forçando Canadá, México e China a reforçarem suas fronteiras.

No entanto, o efeito imediato foi um abalo nos mercados financeiros e no comércio global. Com as retaliações já em curso, os próximos dias serão decisivos para medir o impacto real da medida na economia dos EUA e do mundo.

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