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Mercados devem oscilar com Europa e investigações nos EUA

Na próxima semana, as atenções ainda devem se concentrar nos problemas de dívidas dos países europeus; no Brasil, inflação rouba o foco

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2010 às 20h05.

São Paulo - As incertezas do cenário externo continuam no posto de principal preocupação dos investidores na próxima semana, após dias de oscilações e pouco brilho nas bolsas mundiais. No Brasil, os indicadores tem calendário fraco, que começa na segunda-feira (17) com o primeiro dos conjunto de dados de inflação, o IPC-S da segunda quinzena de maio, divulgado às 8 horas. 

Na terça-feira é a vez do IPC-Fipe da primeira quinzena de maio, divulgado às 5 horas da terça-feira (18). Na quarta-feira (19), às 8 horas, é a vez do IGP-M do segundo decêndio de maio. Fechando os dados de inflação, o IPCA-15 de maio será conhecido na quinta-feira (20) às 9 horas. Segundo o analista Osmar Camilo da corretora Socopa, o avanço dos números não é surpresa. "Os índices devem andar em conjunto refletindo a pressão inflacionária".

EUA

Com a agenda nacional esvaziada, os ânimos dos investidores seguem na esteira dos desdobramentos da crise na Europa e na esperança de recuperação da região. Segundo o analista-chefe Pedro Galdi, da corretora SLW, a volatilidade deve crescer também influenciada pelo momento de incertezas nos Estados Unidos, onde nove bancos são investigados por fraude- entre eles JP Morgan e  Goldman Sachs.  "A semana deve continuar morna, por causa da insegurança dos mercados, ainda mais com a investigação de bancos bem avaliados. O peso é enorme sobre Wall Street.".

Ainda nos Estados Unidos,  são aguardados bons resultados para os dados de construção civil na terça-feira (18), com os dados de permissões para construir (building permits) e construção de novas residências (housings starts), às 8h30 de Brasília. O destaque vai também para os indicadores antecedentes (leading indicators) de abril, que devem recuar para 0,2% no mês ainda de acordo com o Briefing.com, em oposição ao desempenho de 1,4% no mês anterior. "O índice subia rapidamente há quase um ano mas a diminuição do seu ritmo já era aguardada, acompanhando o setor varejista", projeta Galdi.

O leading indicators reune as sete principais variáveis econômicas do país, entre elas pedidos de auxílio-desemprego, custo de mão-de-obra e permissões para construção.

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