A RealD, que detém os direitos da tecnologia em mais de 3 mil cinemas, teve um dos IPOs mais bem sucedidos do ano (.)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2010 às 12h19.
São Paulo - O 3D veio para ficar? Talvez ainda seja cedo para responder, mas o mercado financeiro já se rendeu ao recente sucesso dos filmes que utilizam três dimensões para atrair mais público para as salas de cinemas. Um caso recente do sucesso aconteceu na última sexta-feira em Nova York. A empresa RealD, que detém os direitos da tecnologia em mais de 3 mil cinemas no mundo - sendo 45 no Brasil - teve um dos IPOs (Oferta Pública Inicial de Ações, na sigla em inglês) mais bem sucedidos do ano.
O preço da oferta da companhia saiu a 16 dólares, acima do intervalo estimado para a operação (entre 13 e 15 dólares). Na abertura do pregão, os papéis dispararam e chegaram a ser negociados com um valor de 20,9 dólares, uma valorização de 30%. As ações continuam a subir nesta segunda-feira. Há instantes, operavam com alta de 0,9%, negociadas a 19,68 dólares. A empresa deve usar os 200 mihões de dólares arrecadados com a operação para antecipar o pagamento de dívidas, novas tecnologias e aquisições.
A 3Dmania ganhou força com o estrondoso sucesso do filme Avatar. A obra de James Cameron levantou cerca de 2 bilhões de dólares em receitas. Apesar disso, ainda há questionamentos sobre a sustentabilidade desse negócio. Em 2010, de acordo com a Variety, o filme Toy Story 3 teve 60% de suas receitas oriundas das bilheterias 3D no final de semana de estreia, abaixo dos 71% do relacionado à tecnologia no filme Alice no País das Maravilhas.
Além disso, desde a sua criação, a RealD ainda não lucrou. As receitas da companhia chegaram a 189 milhões de dólares no ano fiscal encerrado em março, mas com um prejuízo líquido de 40 milhões de dólares. O lucro ainda não chegou para a RealD, porém os investidores em Wall Street já têm os dólares no bolso.