Funcionários da OGX: analistas acreditam em recuperação da ação da empresa
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 18h22.
São Paulo – A queda recente nos papéis da OGX (OGXP3) foi exagerada e o papel deve ter alguma recuperação até o final do ano, de acordo com projeções dos analistas mais otimistas aos mais pessimistas.
Um levantamento com cinco instituições mostra que, mesmo após alguns rebaixamentos, os preços-alvos projetados para os papéis vão de 16 reais até 7,30 reais (confira na tabela abaixo na página 2). Ou seja: na melhor das hipóteses, a ação pode subir mais 190% sobre o fechamento de hoje e, na pior, terá alta de 32,72%. A média dos preços indica 11,62 reais, um potencial de valorização de 111%.
O lado da empresa
O mercado derrubou as ações reagindo à divulgação dos testes de vazão no Campo de Tubarão Azul, que indicaram 5 mil barris de óleo por dia, quando os investidores precificavam algo entre 15 mil e 20 mil barris. A empresa convocou uma teleconferência para explicar a situação, mas não convenceu o mercado. "O único risco que eu nunca tomei é o risco financeiro de não ser capaz de executar meus projetos”, disse Eike Batista.
Em comunicado, a OGX ressaltou que a interpretação do mercado sobre a estimativa de produtividade diária para dois poços no campo de Tubarão Azul na Bacia de Campos foi errada porque extrapolou a estimativa para outros poços da empresa.
Troca no comando
Eike Batista indicou na quinta-feira à noite o atual diretor presidente da OSX (OSXB3), Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, para ocupar a presidência da OGX no lugar de Paulo Mendonça, que irá assumir a presidência do Conselho de Administração da EBX.
Segundo o comunicado, Carneiro tem experiência de 30 anos na indústria de petróleo e já passou por diversas posições na Petrobras. O executivo é formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal Fluminense e Engenharia de Petróleo pela Petrobras, além de possuir um MBA pela Universidade de Columbia. Ele ocupava a presidência da OSX desde 2009.
Exagero?
“Achamos que a queda foi demasiada porque a empresa tem portfólio, reserva e exploração de sucesso alto. Os fundamentos não se modificaram”, afirma Nataniel Cezimbra, do BB Investimentos. O analista, que tinha um preço-alvo de 21 reais e agora o mantém em revisão, aguarda a divulgação de resultados do segundo trimestre, prevista para o dia 14 de agosto.
Em relatório, o analista Roberto Altenhofen, da casa de análises Empiricus, também apontou que a reação do mercado, apesar de esperada, foi exagerada. “O grande cetismo em torno das ações e da companhias deve perdurar no curtíssimo prazo, exigindo alguma notícia material para inversão do pessimismo”, afirmou ele, que diz também achar o valor atual atrativo.
Em setembro de 2011, as ações da OGX estavam tão na moda que chegaram a figurar entre as 10 mais caras entre os mercados emergentes, segundo o Credit Suisse. Os papéis deixaram de aparecer no portfólio das mais sobrevalorizadas nesta semana, mas antes da derrocada dos papéis.
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Banco/Corretora | Preço-alvo |
---|---|
Bank of America Merril Lynch | R$ 7,30 |
JP Morgan | R$ 7,50 |
Santander | R$ 12,50 |
Itaú BBA | R$ 14,80 |
HSBC | R$ 16 |
Média | R$ 11,62 |