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Mercado precifica 94% de chance de um calote da Grécia

Contrato de seguro contra default do país atinge a estratosfera

Ministro das Finanças da Grécia disse hoje que as notícias sobre um possível calote são "especulações organizadas" (Georges Gobet/AFP)

Ministro das Finanças da Grécia disse hoje que as notícias sobre um possível calote são "especulações organizadas" (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2011 às 15h01.

São Paulo – O mercado já entende que um calote da Grécia é quase certo. As negociações dos contratos CDS (Credit Default Swaps) de cinco anos atingiram a estratosfera nesta sexta-feira. Segundo dados da CMA, as negociações indicam uma probabilidade de 94% de um calote na dívida do país. Os CDS funcionam como um seguro contra um calote.

O custo da proteção contra as dívidas soberanas dos países europeus disparam. O índice Markit iTraxx SovX Western Europe, que agrega CDS de 15 governos, está em alta de 5,3%, para 335,50 pontos. O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse hoje que o país não irá declarar inadimplência e que considera as notícias sobre um calote “especulação organizada”.

Renúncia

A ruptura de ideias dentro do Banco Central Europeu foi escancarada nesta sexta-feira com a renúncia de um dos seus diretores. Jürgen Stark disse em um comunicado que, por motivos pessoais, não irá mais ocupar o cargo cujo mandato só seria encerrado em 31 de maio de 2014. O economista é um dos opositores das medidas recentes adotadas pela autoridade monetária que visam controlar a crise da dívida dos países da zona do euro.

Segundo a Reuters, o principal motivo da saída de Stark tem relação a um conflito sobre o programa de compra de bônus soberanos do banco. Segundo o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, o vice-ministro de Finanças da Alemanha, Joerg Asmussen, pode ser escolhido para substituir Stark. O mercado avalia que a saída de Stark, apenas dois meses antes do final do término do comando do presidente do BCE, Jean Claude Trichet, é um golpe para o BCE em sua tentativa de prever o espalhamento da crise da dívida europeia.

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