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Mercado já precificou resultado das eleições, dizem analistas

Mercado espera alta para o Ibovespa na segunda-feira pós resultado; em caso de vitória de Serra, chance de forte alta é maior

Presidente Lula durante a cerimônia de estreia da nova oferta da Petrobras: risco político do período eleitoral já foi absorvido (Agência Petrobras/EXAME.com)

Presidente Lula durante a cerimônia de estreia da nova oferta da Petrobras: risco político do período eleitoral já foi absorvido (Agência Petrobras/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2010 às 20h06.

São Paulo - Na próxima abertura dos mercados, o Brasil já conhecerá seu novo presidente. Ainda que a disputa tenha se acirrado no segundo turno, com pesquisas sinalizando menor distância entre os candidatos José Serra, do PSDB, e Dilma Roussef, do PT, o impacto do resultado da eleição nos mercados deve ser reduzido, afirmam analistas.

Para o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, o mercado já absorveu as turbulências eleitorais. A expectativa para a BM&FBovespa em caso da vitória da candidata petista, em vantagem nas pesquisas, é de leve alta, diz.  “O dia começará certamente com menor volume, e a projeção é que o Ibovespa varie no terreno positivo, independente do resultado”.

O analista de investimentos da SLW Corretora, Pedro Galdi, aposta num pregão volátil mas também positivo. “O mercado já precificou os riscos da eleição durante as pesquisas, principalmente no segundo turno. É pouco provável que haja uma derrubada dos papéis, como se temia em 2002.”

No entanto, em caso de reviravolta nas urnas, as perspectiva para a bolsa é de disparada, complementa Velho. O mercado tem simpatia pelas propostas do candidato tucano para a política econômica e a gestão de juros. “O Serra é muito comprometido com queda de juros e uma eventual vitória agradaria ao mercado, gerando forte alta”. Os papéis da Eletrobrás, que já haviam subido com o avanço do tucano nas pesquisas, também deve ser impactados positivamente, aponta o analista.

Agenda

Mesmo mais curto, com a pausa obrigatória do feriado na terça-feira, o calendário econômico volta na quarta-feira com números de peso. No Brasil, o destaque vai para a produção industrial de setembro, divulgada às 9 horas da quinta-feira (4).  A expectativa é de leve alta, impactada pelo aumento do consumo das importações, pontua Velho. “O varejo cresceu, mas impulsionado pelo crescimento dos importados, não refletindo sua força na demanda interna”, afirma.

A semana não é menos intensa nos Estados Unidos, com a pesquisa do setor de emprego americano (payroll) atraindo as atenções das bolsas mundiais na sexta-feira (5) às 10h30 de Brasília, trazendo a taxa de desemprego para o mês de outubro. A estimativa para o índice é de manutenção da taxa de desemprego em 9,6%, mesmo resultado de setembro. Já para os novos pedidos de auxílio desemprego (inicial claims) às 10h30 da quarta-feira (4) a estimativa é de aumento de 9 mil pedidos.

Na quarta-feira (3) é vez da decisão da taxa de juros do FOMC, Banco Central americano, às 10h30. A estimativa é de manutenção de 0,25% para o reajuste dos juros, aponta Galdi. “A taxa já é consenso para o mercado, que deve voltar suas atenções para a recompra de títulos da divida do país, anunciada no mesmo dia”.

 

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