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Da Redação
Publicado em 23 de março de 2010 às 14h33.
São Paulo - O dólar voltava a valer menos de 1,80 real nesta terça-feira, destoando do mercado internacional, com baixa de 1 por cento, por conta da percepção de um aumento da entrada de moeda no país.
Às 10h53, a moeda norte-americana caía 1 por cento, a 1,793 real. Na véspera, com leve alta de 0,06 por cento, o dólar fechou em 1,800 real pela primeira vez desde o último dia de fevereiro.
Na abertura da sessão, a queda do dólar era um ajuste à melhora do mercado internacional no fim da tarde de segunda-feira, quando o câmbio já estava fechado no Brasil.
O otimismo global perdeu força na manhã desta terça-feira, em meio às contínuas preocupações com a Grécia. Mas a taxa de câmbio no Brasil não acompanhou dessa vez.
"No exterior, (o mercado) está meio de lado, o euro está ruim. Aqui não era para estarem batendo (vendendo dólares). Deve estar tendo algum fluxo pontual", disse Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez.
Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar subia 0,2 por cento. O euro , afetado pela expectativa com a cúpula da União Europeia no final da semana sobre a dívida da Grécia, caía 0,3 por cento, a 1,3515 dólar.
Outros dois operadores de câmbio, que preferiram não ser identificados, confirmaram que a venda de dólares atingia níveis mais fortes do que o comum no começo desta sessão.
Entre as operações que poderiam atrair investimento estrangeiro no curto prazo está a emissão de 1 bilhão de dólares em bônus do banco português Espírito Santo . Os bônus são conversíveis em ações do Bradesco .
O mercado já tinha expectativa de uma entrada mais vigorosa de dólares desde o começo do mês, mas se frustrou com o volume de menos de 30 por cento do máximo previsto na oferta de ações da OSX . Até o dia 18, o país registra saída líquida de 2,666 bilhões de dólares no mês.
Em meio à perspectiva de um aumento da entrada de dólares, porém, os bancos aumentaram a venda de moeda estrangeira ao Banco Central por meio de leilões. No dia 18, eles mantinham 3,356 bilhões de dólares em posições vendidas na moeda norte-americana, segundo dados do BC.