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Mau humor diminui, mas Japão mantém mercados em xeque

São Paulo - O medo de uma crise nuclear no Japão derrubaram os mercados nesta terça-feira. À tarde, contudo, o mau humor diminuiu, com a visão de que a tragédia japonesa terá impacto temporário e após o Federal Reserve ter mantido a política monetária dos Estados Unidos. Explosões em reatores nucleares no Japão após o […]

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 18h20.

São Paulo - O medo de uma crise nuclear no Japão derrubaram os mercados nesta terça-feira. À tarde, contudo, o mau humor diminuiu, com a visão de que a tragédia japonesa terá impacto temporário e após o Federal Reserve ter mantido a política monetária dos Estados Unidos.

Explosões em reatores nucleares no Japão após o terremoto de sexta-feira espalharam o temor de um desastre atômico no país, com o aumento dos níveis de radioatividade e racionamento de energia.

Várias pessoas deixaram Tóquio e moradores permaneceram dentro de casa, temendo que a radiação da usina de Fukushima, 240 quilômetros ao norte, afete a cidade, uma das maiores do mundo. Empresas retiraram os funcionários da capital, turistas reduziram as férias e companhias aéreas cancelaram voos.

O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio <.N225> despencou 10,55 por cento, após na véspera recuar 6,2 por cento. Somando os dois dias, é o maior tombo sofrido pelo indicador desde 1987.

Entre as commodities, o petróleo nos EUA e em Londres recuaram em torno de 4 por cento. Mas as perdas foram amortecidas pelos temores envolvendo oferta devido aos confrontos no mundo árabe.

O índice europeu de ações FTSEurofirst 300 <.FTEU3> terminou na mínima em três meses e meio. Em Nova York, o Nasdaq chegou a ficar negativo no acumulado do ano, mas devolveu parte das perdas após o Federal Reserve oferecer uma avaliação otimista sobre a economia norte-americana.

Em comunicado, o Fed manteve a taxa básica de juros norte-americana entre zero e 0,25 por cento e considerou que a economia dos Estados Unidos está ganhando tração. O BC dos EUA, no entanto, destacou riscos potenciais de inflação por conta do aumento nos custos dos alimentos e de energia [ID:nN15262554].

A Bovespa reduziu as perdas a pouco mais de 0,2 por cento, sustentada em parte pelo setor bancário. O dólar fechou em alta, enquanto os juros futuros passaram a subir à tarde após dados de atividade doméstica mais fortes que o esperado.

As vendas no varejo brasileiro cresceram 1,2 por cento em janeiro frente a dezembro de 2010, a mais forte alta desde agosto e superou a previsão média, que apontava taxa de 0,8 por cento [ID:nN15225454].

O mercado também soube que no mês passado foram criados 280.799 empregos formais, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O crescimento foi recorde para o mês [ID:nN15239584].

Na quarta-feira, investidores repercutirão o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) de janeiro, bem como dados parciais de fluxo cambial e leituras de inflação --segunda prévia do IPC-S e IGP-10 de março. Nos Estados Unidos, vale citar o início da construção de moradias e os preços ao produtor, ambos de fevereiro.

Veja a variação dos principais mercados nesta terça-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,667 real, em alta de 0,3 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,24 por cento, para 67.005 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,47 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 0,76 por cento, a 35.947 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,32 por cento ao ano, ante 12,33 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3998 dólar, ante 1,3990 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 134,688 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,625 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil subia 8 pontos, para 182 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 7 pontos, a 274 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> perdeu 1,15 por cento, a 11.855 pontos; o S&P 500 <.SPX> caiu 1,12 por cento, a 1.281 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> retrocedeu 1,25 por cento, a 2.667 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo teve queda de 4,01 dólares, ou 3,96 por cento, a 97,18 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,3011 por cento ante 3,365 por cento no fechamento anterior.

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