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Marfrig (MRFG3) volta às compras e aumenta fatia na BRF (BRFS3) para 45%

Companhia já havia elevado participação na concorrente duas vezes no mês passado

Trabalhadores processam gado abatido no abatedouro do Grupo Marfrig em Promissão (Paulo Whitaker/Reuters)

Trabalhadores processam gado abatido no abatedouro do Grupo Marfrig em Promissão (Paulo Whitaker/Reuters)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 16 de outubro de 2023 às 12h17.

Última atualização em 16 de outubro de 2023 às 12h52.

A Marfrig (MFRG3) voltou a aumentar sua participação na BRF (BRFS3), e agora detém 45% da concorrente. No mês passado, a companhia já havia elevado sua participação na BRF, primeiro de 33,1% para 35,7%, e depois para 40,05%.

Com mais um avanço, a Marfrig passa a deter direta e indiretamente 757.225.906 entre ações ordinárias e American Depositary Receipts (ADRs) da BRF, representando 45,0067% do total das ações de emissão da dona da Sadia e Perdigão.

Até onde vai o apetite da Marfrig pela BRF?

A expectativa dos analistas é que a Marfrig siga aumentando sua participação na BRF até atingir 50% do capital. Em relatório publicado em setembro, o Bradesco BBI avaliou que a Marfrig pode tentar obter o controle total da concorrente.

Uma das razões seria a queda da poison pill. O mecanismo da “pílula do veneno” impedia que qualquer acionista comprasse mais de 33% da BRF sem fazer uma oferta por toda a companhia – o dispositivo foi retirado recentemente do estatuto social da BRF. 

Além disso, há um compromisso assinado pelo novo investidor Salic ((Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário) que limita sua participação na BRF a 25% partindo do dos 11% atuais. Para os analistas, isso sugere que a Marfrig se preocupa em ser a maior acionista da BRF.

O que diz a Marfrig

Em comunicado, a Marfrig afirmou que “a aquisição tem por objetivo incrementar sua participação acionária na BRF e não objetiva alterar a atual composição do controle ou a estrutura administrativa atual da companhia”. 

A Marfrig informou ainda que “não foram celebrados, pela Marfrig, quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela companhia”.

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