"As bolsas podem ter flutuações, o importante é que temos bons ativos nasbolsas brasileiras", disse Guido Mantega em audiência pública da Câmara dos Deputados (Alexandre Battibugli/EXAME)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2013 às 15h37.
Brasília - Ao responder questionamentos sobre os efeitos das ações do Federal Reserve (Fed, banco central os Estados Unidos), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "o ajuste feito pelo Fed cria turbulência mundial, o que gera queda da Bolsa e desvalorização das moedas".
Na semana passada, o Fed anunciou que até o fim do ano que pretende iniciar a redução da injeção de recursos na economia por meio de compra de títulos.
A possibilidade de menor liquidez mundial tem gerado a migração de investidores para papéis norte-americanos e afetando o mercado de moedas, especialmente as de países emergentes, além da maior aversão ao risco derrubando as bolsas ao redor do globo.
Segundo o ministro, isso ainda deve "perdurar algum tempo". "As bolsas podem ter flutuações, o importante é que temos bons ativos nas bolsas brasileiras", disse na audiência pública da Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira, 26.
Ele declarou, ainda, que as empresas brasileiras estão sólidas. Em resposta a questionamentos sobre gastos com viagens, o ministro disse que "agora temos um câmbio desvalorizado e o Brasil fica mais barato". Ele reconheceu, entretanto, que é necessário fazer ações para atrair mais turistas para o Brasil.
Carteira da BNDESPar
A carteira da BNDESPar, braço de participações do BNDES, deve voltar a ter valorização. Segundo ele, o portfólio em ações de empresas já foi de R$ 30 bilhões, chegou a R$ 90 bilhões e caiu para R$ 70 bilhões. Ele frisou que a queda é natural, porque todo o mercado acionário recuou. "E vai voltar, porque isso são flutuações de valores. Quer dizer que momentaneamente caiu, mas o BNDES tem gestão de primeira linha, o lucro dele é tão bom quanto de outros bancos".