Mercados

Maioria das bolsas europeias fecha semestre em alta

Índice de atividade industrial norte-americana e aprovação do plano de austeridade grego animaram os investidores

Segundo analistas, mercados perceberam que ajuda à Grécia ajuda no curto prazo (Ralph Orlowski/Getty Images)

Segundo analistas, mercados perceberam que ajuda à Grécia ajuda no curto prazo (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 15h39.

Londres - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em alta, impulsionados pela divulgação de dados mais fortes que o esperado sobre a economia dos EUA e pela notícia de que o Parlamento da Grécia aprovou a legislação referente à implementação do plano de austeridade fiscal.

Nos EUA, o índice de atividade industrial de Chicago medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM) subiu para 61,1 em junho, de 56,6 em maio, contrariando as expectativas de analistas, que esperavam um declínio para 53,0. O índice de atividade industrial da região do Federal Reserve de Kansas City também aumentou em junho, para 14, de 1 em maio.

Na Grécia, os parlamentares aprovaram a implementação do plano de austeridade fiscal, cumprindo dessa forma o último requisito para receber a próxima parcela de recursos da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). As autoridades europeias e do FMI também prometeram elaborar um novo pacote de resgate para o país se o plano de cortes nos gastos públicos passasse pelo parlamento grego.

Analistas, no entanto, disseram que o mercado está começando a perceber que as soluções apresentadas até agora pela União Europeia e pelo FMI ajudam a Grécia apenas no curto prazo. "O problema de solvência é de longo prazo", disse Philippe Gijsels, diretor de pesquisas do BNP Paribas Fortis Global Markets. "A Grécia será capaz de honrar todas as suas dívidas? Agora, com as medidas de austeridade, o orçamento vai melhorar um pouco, mas ainda teremos um caminho longo e difícil a percorrer."

Gijsels disse que os investidores devem voltar a atenção para o crescimento mundial a partir de agora, mas alertou que a Grécia pode ressurgir no noticiário eventualmente. "No longo prazo, esses problemas continuarão assolando o mercado, que seguirá nervoso e volátil. Podemos sofrer correções ao longo dos próximos meses", avaliou.


O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 3,06 pontos, ou 1,13%, para 272,86 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 avançou 89,76 pontos, ou 1,53%, para 5.945,71 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 57,98 pontos, ou 1,48%, para 3.982,21 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em alta de 82,10 pontos, ou 1,13%, a 7.376,24 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 322,27 pontos, ou 1,62%, para 20.186,94 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, avançou 216,30 pontos, ou 2,13%, para 10.359,90 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 215,37 pontos, ou 3,03%, para 7.323,77 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, ganhou 14,21 pontos, ou 1,12%, para 1.279,06 pontos.

Do início do ano até o momento, o Stoxx 600 perdeu 1,07%, enquanto o ASE acumulou queda de 9,54%. O FTSE MIB ficou praticamente estável durante o período, com ganho de 0,07%. Já os demais índices tiveram um desempenho mais robusto, liderados pelo Xetra DAX, que subiu 6,68% no primeiro semestre, seguido por IBEX 35 (+5,08%), pelo CAC 40 (+4,66%), pelo PSI 20 (+3,48%) e pelo FTSE 100 (+0,78%)

Entre os destaques da sessão de hoje, as ações do London Stock Exchange Group fecharam em alta de 11% depois de o Wall Street Journal noticiar que a companhia poderia receber uma proposta de compra da Nasdaq OMX. Ontem, o London Stock Exchange Group cancelou um processo de fusão com o grupo canadense TMX.

No setor bancário, o Lloyds Banking Group fechou em alta de 9,7% depois de anunciar que vai demitir 15 mil funcionários e abandonar alguns de seus mercados internacionais para economizar 1,5 bilhão de libras. As ações do Royal Bank of Scotland subiram 4,6% e as do Barclays avançaram 2,9%.

Entre as empresas de energia, BG Group teve ganho de 4,7% depois de dobrar as estimativas para as reservas de petróleo na Bacia de Santos, no Brasil. A notícia também beneficiou a Galp Energia (+6,5%) e a Repsol YPF (+3,2%), que possuem participação na Bacia de Santos. As informações são da Dow Jones.

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