Sede do BB, em Brasília: estatal tem maior rentabilidade entre os grandes bancos varejistas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Repórter de Invest
Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 19h12.
Última atualização em 8 de maio de 2024 às 14h24.
O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 9,44 bilhões no quarto trimestre de 2023, crescimento de 4,8% na comparação com o mesmo período de 2022. Na comparação trimestral, o indicador subiu 7,5%.
O resultado ficou acima da expectativa de analistas. O consenso da LSEG (antiga Refinitiv) esperava um resultado de R$ 9,12 bilhões. O lucro do BB foi o maior do setor bancário no trimestre e ficou, por pouco, acima dos R$ 9,04 bilhões apurados pelo Itaú (ITUB4).
No ano, o Banco do Brasil apurou um lucro líquido de R$ 35,6 bilhões, alta de 11,4% em relação a 2022.
A rentabilidade do BB medida pelo retorno sobre patrimônio líquido (ROE), alcançou 22,5% — maior patamar entre os grandes bancos varejistas. O resultado apresentou queda de 0,4 ponto percentual (p.p.). em base anual, e alta de 1,2 p.p. frente ao trimestre anterior.
Segundo o banco, a alta do lucro refletiu o crescimento da margem financeira bruta impulsionado pelos crescimentos de volumes e taxas da carteira de crédito e pelas receitas de juros dos títulos em tesouraria.
A margem financeira bruta alcançou R$ 25,77 bilhões no quarto trimestre, alta de 8,8% em comparação ao terceiro trimestre e de 20,1% em base anual.
Já a carteira de crédito ampliada totalizou R$ 1,1 trilhão em 2023, crescimento de 10,2% em 12 meses e de 4% frente ao trimestre anterior. O destaque veio, mais uma vez, do agronegócio, que representa um terço da carteira do BB. As operações do segmento subiram 14,7% em base anual.
Por sua vez, o índice de inadimplência longo da carteira, com atrasos acima de 90 dias, foi de 2,92% avanço de 0,3 p.p. em um ano, e de 0,1 p.p. em três meses.
Junto com os resultados, o BB anunciou que irá pagar R$ 2,38 bilhões em proventos referentes ao resultado da empresa.
Serão pagos R$ 630,2 milhões em dividendos e R$ 1,75 bilhão em juros sobre capital próprio (JCP).
O acionista receberá o valor de R$ 0,22351909545 por ação em dividendos e R$ 0,62114063186 por papel via JCP. Os valores consideram correção pela inflação.
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