Mercados

Liquidantes do Bear Stearns processam Moody's, S&P e Fitch

Três maiores agências de classificação de risco foram acusadas de fraude ao inflar notas de títulos de dívida no início da crise financeira


	Prédio da Moody's: processo visa a receber indenização de Moody's, Standard & Poor's e Fitch de mais de 1 bilhão de dólares
 (Scott Eells/Bloomberg)

Prédio da Moody's: processo visa a receber indenização de Moody's, Standard & Poor's e Fitch de mais de 1 bilhão de dólares (Scott Eells/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 18h51.

Nova York - Os liquidantes de dois fundos do Bear Stearns entraram com ação judicial nesta segunda-feira contra as três maiores agências de classificação de risco, acusando-as de fraude ao inflar notas de títulos de dívida no início da crise financeira.

O processo visa a receber indenização de Moody's, Standard & Poor's e Fitch de mais de 1 bilhão de dólares em perdas de fundos de hedge.

A ação, impetrada na corte de Nova York, cita mensagens e emails de funcionários das agências de rating para ajudar a construir um processo que acusa as agências de faltar com independência e objetividade.

"Poderia ser estruturado por vacas e nós daríamos nota", diz uma das declarações atribuída a um funcionário da S&P enviada por email a um colega e citada no processo.

Alguns desses emails já foram citados em uma ação civil por fraude e levada ao Departamento de Justiça contra a S&P neste ano. Fitch e Moody's não tinham sido citadas nesse processo.

As três agências disseram em comunicado que as acusações não tinham mérito.

O colapso dos fundos do Bear Stearns, em 2007, foi o início da crise financeira, diante de cortes em vários ratings pela S&P e Moody sobre títulos lastreados em hipotecas que haviam sido previamente considerados seguros.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingEmpresasFitchMercado financeiroMoody'sProcessos judiciaisRatingStandard & Poor's

Mais de Mercados

Ternium x CSN: Em disputa no STF, CVM reforça que não houve troca de controle na Usiminas

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida