Light afirmou que a oferta poderá ainda ser acrescida em até 20% do total de ações inicialmente ofertado (Dado Galdieri/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 2 de julho de 2019 às 08h55.
São Paulo — A elétrica Light informou que aprovou a realização de uma oferta pública primária e secundária de 111,1 milhões de ações ordinárias, o que movimentaria cerca de 2,09 bilhões de reais se considerado o valor de fechamento dos papéis na segunda-feira, de 18,85 reais por ação.
Em comunicado na noite de segunda-feira, a Light disse que a operação envolverá a distribuição primária de 100 milhões de papéis e a venda de, inicialmente, 11,1 milhões de ações detidas pela estatal mineira Cemig, maior acionista da empresa.
O movimento da companhia confirma reportagem publicada na véspera pela Reuters, com informação de fontes, segundo a qual a Light preparava uma oferta de ações de pelo menos 2 bilhões de reais, na qual a Cemig deveria buscar vender pelo menos 200 milhões de reais de sua fatia.
A Light afirmou que a oferta poderá ainda ser acrescida em até 20% do total de ações inicialmente ofertado, ou em até 22,2 milhões de papéis, envolvendo tanto ações da empresa quanto da Cemig, nas mesmas condições e preço.
Segundo a elétrica, a oferta será realizada no Brasil, sob coordenação de banco Itaú (coordenador líder), Citi, Santander, XP, BTG Pactual, Bradesco BBI e BB Investimentos. Haverá ainda esforços de colocação de ações no exterior, disse.
O preço por ação e a aprovação do aumento de capital da companhia ainda serão aprovados em reunião do conselho de administração da companhia a ser realizada após a conclusão do processo de coleta de intenções de investimento junto a investidores profissionais.
Segundo o comunicado da Light, os recursos provenientes da oferta "serão destinados para fortalecimento e otimização de sua estrutura de capital, reduzindo assim o seu nível de endividamento e melhorando sua posição de caixa."
A Cemig, que possui 49,99% da Light, previa inicialmente vender mais ações na oferta, mas posteriormente reduziu sua fatia na operação, para priorizar a captação de recursos para a elétrica, segundo disseram duas fontes à Reuters na véspera.
A Light é responsável pela distribuição de eletricidade na região metropolitana do Rio de Janeiro e possui ainda ativos de geração de energia.