Centro de plantas da fábrica de celulose Klabin: valor industrial do investimento foi revisto para o total de R$ 5,8 bilhões (GERMANO LUDERS)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 19h36.
São Paulo - A Klabin informou nesta segunda-feira, 21, que seu conselho de administração decidiu dar prosseguimento ao processo de capitalização para fazer frente à construção da nova planta de celulose de fibras curta e longa na cidade de Ortigueira (PR), o chamado Projeto Puma.
Os conselheiros decidiram também convocar assembleia geral extraordinária (AGE) e assembleia especial de preferencialistas para deliberar sobre a proposta dos acionistas controladores para criação de um programa de Units e listagem da Companhia no Nível 2 da BM&FBovespa, conforme fato relevante datado de 11 de junho de 2013.
Segundo o comunicado, as assembleias serão convocadas em até 15 dias a contar de hoje e a "eficácia da deliberação que vier a aprovar a proposta nas assembleias ficará condicionada ao sucesso da captação de recursos pela companhia por meio da emissão de ações ou títulos nelas conversíveis, ou ambos, de forma que permita a companhia desenvolver diretamente o Projeto Puma".
A companhia ressalta que, após atualização de escopo, revisão das propostas dos fornecedores e variação da taxa de câmbio, o valor industrial do investimento foi revisto para o total de R$ 5,8 bilhões. Serão despendidos também R$ 800 milhões em impostos recuperáveis sobre os equipamentos e R$ 600 milhões em infraestrutura, também recuperáveis por créditos de ICMS, conforme acordo assinado com o governo do Estado do Paraná.
Ainda de acordo com o fato relevante apresentado há pouco, o funding do Projeto Puma prevê, além da capitalização, a obtenção de financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), assim como de agências multinacionais de exportação (ECAs).
Recentemente, destaca a Klabin, o Projeto Puma obteve enquadramento do financiamento em valor estimado de até R$ 4 bilhões pelo BNDES na modalidade Finem Direto e de US$ 300 milhões pelo BID, cujas aprovações finais estão atreladas também ao sucesso da capitalização. "Uma vez contratados, tais recursos oriundos dos empréstimos do BNDES e do BID, somados ao montante obtido com a capitalização, serão destinados à implementação do Projeto Puma", explica a empresa.