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Petrobras sobe pela 4ª semana; Terra Santa dispara 35% com oferta da SLC

Confira os principais destaques de ações desta sexta-feira

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

PB

Paula Barra

Publicado em 27 de novembro de 2020 às 10h57.

Última atualização em 27 de novembro de 2020 às 18h43.

As ações de commodities e bancos apareceram entre as principais contribuições positivas, em pontos, para a alta do Ibovespa nesta sexta-feira, 27. O índice registrou sua quinta alta seguida nesta sessão, fechando em 110.575 pontos. Na semana, foi a quarta de valorização consecutiva. Entre os destaques do pregão, a Vale (VALE3) seguiu em disparada na Bolsa, registrando sua décima alta em onze pregões e renovando máxima histórica de fechamento. Na sessão, subiu 2,44%. O movimento acompanhou os preços do minério de ferro. Os contratos da commodity negociados no porto de Qingdao, na China, subiram 0,96% hoje, para 129,62 dólares a tonelada.

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No acumulado semanal, os papéis da mineradora registraram alta de 14,61%, indo para sua segunda semana seguida no positivo. No mês, os ganhos chegam a 29,55%. Apesar da forte valorização recente, analistas ainda veem espaço para mais valorização, diante das boas perspectivas para os preços do minério e expectativa por dividendos. Veja mais aqui.

Petrobras

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) perderam força e viraram para o negativo ao longo do pregão e fecharam em baixa de mais de 1%, em dia misto para os preços do petróleo no exterior. Enquanto os contratos do WTI, cotados em Nova York, caíram 0,42%, os contratos do Brent, negociados em Londres e usados como referência pela estatal, avançaram 0,98%. Ainda assim, na semana, ambos os contratos acumulam ganhos de cerca de 7%, em meio a notícias sobre avanços de vacinas.

Apesar da queda hoje, os papéis da estatal registraram sua quarta semana seguida de ganhos. No acumlado semanal, as ações ordinárias subiram 6,6%, enquanto as preferenciais avançaram 7,8%. Ajudou no impulso também uma elevação de recomendação para compra dos papéis da empresa pelo Bank of America na última terça-feira. No mês, registram ganhos de mais de 34%.

Bancos

Os papéis dos grandes bancos fecharam em sentidos opostos nesta sessão, depois de abertura positiva. Enquanto Itaú (ITUB4) subiu 0,77%, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) caíram 0,81% e 0,49%, respectivamente. Santander (SANB11) teve leve alta de 0,17%.

No radar, o conselho de administração do Itaú (ITUB4) aprovou ontem a cisão de sua participação na XP Inc em uma nova empresa, conforme informou o banco em fato relevante. A decisão ainda será submetida à assembleia de acionistas. Com a operação, a instituição vai aportar uma fatia equivalente a 41,05% do capital da corretora em uma nova empresa, chamada Newco. Todos os acionistas do banco passarão a deter participação acionionária equivalente dessa nova empresa, cujo único ativo será o investimento na XP.

Em resposta à aprovação, a XP Inc comentou nesta tarde que está avaliando uma proposta para se fundir com a NewCo, que, se concretizada, resultaria na entrega direta aos acionistas da NewCo de ações ordinárias classe A da XP, negociadas na Nasdaq, ou por meio de emissão de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3.

Segundo analistas da Exame Research, a notícia sobre a cisão era aguardada pelo mercado, uma vez que o próprio Itaú já tinha sinalizado que estudava essa possibilidade, no início de novembro. "Dito isso, a operação tende a destravar valor e encerrar os atritos entre as partes e pode dar um novo impulso às ações do Itaú — os acionistas do banco receberão papéis da nova companhia. A fatia de 5% detida pelo Itaú que não será cindida pode ser vendida".

Papel e celulose

As ações das empresas de papel e celulose voltaram a subir forte nesta sexta-feira. Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) registraram ganhos de 3,99% e 3,67%, respectivamente, figurando como a segunda e terceira maior valorização do Ibovespa, em meio à alta dos preços da celulose na China.

Os preços da commodity de fibra curta (BHKP) subiram 4,00 dólares na semana, para 464,27 dólares, enquanto os preços de fibra longa (NBSK) avançaram 15,9 dólares, para 625,74 dólares. Os analistas do BTG Pactual destacam que mantêm visão otimista para o setor e recomendação de compra para Suzano e Klabin.

Além disso, no radar da Klabin, os acionistas aprovaram ontem, em assembleia geral extraordinária, a proposta por incorporação da Sogemar que resultará no fim do pagamento de royalties pela Klabin para uso das marcas.

Segundo os analistas da Exame Research, o desfecho era esperado, mas coloca um ponto final na questão dos royalties envolvendo o nome Klabin, o que tende a ser positivo para a empresa.

SLC Agrícola, Terra Santa 

As ações da SLC Agrícola (SLCE3) dispararam 9,10%, enquanto os papéis da Terra Santa (TESA3) saltaram 35,5%. No radar, a SLC informou, por meio de fato relevante ontem que assinou um memorando de entendimento não vinculante visando assumir as operações agrícolas da Terra Santa Agro (TESA3). A operação ocorreria por meio de incorporação de ações pela SLC. O valor total atribuído à operação agrícola da Terra Santa foi de 550 milhões de reais, mas, para a troca de ações, o valor líquido a ser considerado deverá ser de 65 milhões de reais, já que o restante equivale a dívidas que serão assumidas pela SLC, caso a operação seja concretizada.

Para a relação de troca, a ação da SLC foi avaliada em 25,83 reais, com base no preço médio ponderado nos últimos 60 pregões da B3. Em preparação para a possível combinação de negócios, a Terra Santa pretende realizar uma reorganização societária para separar os ativos e passivos vinculados às propriedades rurais e benfeitorias, que serão assumidos por uma nova empresa de capital aberto listada no segmento Novo Mercado da B3. Os papéis dessa nova empresa serão detidos pelos acionistas da Terra Santa e não serão objetos da transação, informa a SLC.

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